Expandindo fronteiras, edição realizada 100% digital aconteceu em nível nacional e internacional
Quais são as oportunidades que se criam em um mundo em transformações aceleradas? Com o objetivo de responder essa pergunta, a ANEFAC realizou o 23º Congresso ANEFAC, que aconteceu nos dias 17, 19 e 21 de maio em nível nacional e internacional. Para discutir o assunto, estiveram presentes especialistas renomados nas mais diversas áreas. Toda a temática girou em torno das possibilidades de negócios abertas pelas transformações ocorridas no último ano, principalmente advindas com a pandemia de Covid-19.
Os impactos provocados pela pandemia vieram para ficar, resta à sociedade, como um todo, identificar as “oportunidades no mundo em transformação”. Com formato 100% digital e recurso virtual de última geração, o Congresso foi dividido em três dias, com conteúdo de vanguarda e networking. Pela abrangência de temas, todos as áreas da ANEFAC foram representadas de uma ou de outra forma buscando sempre ressaltar as possibilidades advindas de todo este cenário.
“A pandemia obrigou as pessoas a mudarem as suas relações interpessoais, o seu comportamento de consumo e a forma como utilizam toda a tecnologia ao seu redor. O quanto não aprendemos. Coagiu as empresas a repensarem as questões de meio ambiente, ética e bem-estar do ser humano. Assunto que virou prioridade no mundo e que será ainda mais pós pandemia. Hoje, a prioridade das empresas é cuidar do ambiente, das questões sociais e da governança corporativa. Com isso, esse retorno ao chamado “novo normal” se dará diferente, pois as esferas da sociedade estarão interagindo de outra maneira”, explicou Luis Artur Nogueira, jornalista, economista e palestrante, que foi o apresentador do Congresso.
Citando a frase “o futuro é um grande desconhecido” de Zygmunt Bauman, grande crítico dos relacionamentos digitais, Marta Pelucio, presidente nacional da ANEFAC, ressaltou o quanto esse relacionamento digital é benéfico nos dias atuais. “O autor focava no problema dessa relação e não na oportunidade. Nós, da ANEFAC, abraçamos o entorno digital para nos aproximar, por meio de atividades virtuais, com muito mais intensidade, envolvendo todas as nossas regionais e diversos públicos espalhados no Brasil e em outros países. Sinto que estamos mais próximos com o novo formato digital, mas concordo com Bauman, quando ele diz que vivemos num mundo em constantes transformações e que as vezes essas são aceleradas por uma pequena variável que causa um efeito borboleta na nossa forma de trabalhar, de pensar, de se relacionar. Foi com essa inspiração que preparamos o Congresso ANEFAC 2021, focando primordialmente nas oportunidades que estavam permeadas em toda a nossa programação”, disse.
Os cenários da Covid-19
Na visão do doutor Esper Kallás, infectologista e imunologista, que fez a abertura do Congresso ANEFAC Digital, a tecnologia, a ciência e o desenvolvimento causados pela pandemia de Covid-19, devem proporcionar grandes oportunidades para nós sem dúvidas. “O que nós vivemos nos últimos meses, foi uma revolução na busca de soluções para enfrentamento da pandemia, que veio na descoberta de novas vacinas. A respeito dos vários problemas, que tivemos desde a parte técnica até a polarização política, muitos países foram exemplos, como especialmente, a Inglaterra e os Estados Unidos da América e até mesmo aqui, na América do Sul, o Chile, que já tem uma queda significativa de casos. Temos observado uma série de diminuições de casos nesses locais”, explicou.
Segundo ele, tivemos um ano de muitas tristezas e dificuldades e isso foi provocado pela descoberta do vírus e depois por identificar a sua capacidade de causar uma doença que pode matar, principalmente aqueles com mais idade e que tem alguma doença pré-existente. “Mas não foi a primeira vez e não será a última pandemia. A humanidade irá presenciar cenários assim com mais frequência daqui para a frente. Quero lembrar que todos os anos existem surpresas nessa área como Dengue, Chicungunha, Febre Amarela, entre outras. Essas doenças rondam as diferentes civilizações e populações, não com pequenos surtos, mas grandes epidemias”, alertou.
Sobre as pandemias, ele apontou que, algumas estão frescas na nossa memória como a gripe suína, que causou milhões de casos no mundo inteiro, e ainda vivemos a da HIV-AIDS, que já matou dezenas de milhões de pessoas no mundo interior. Mais antigamente tivemos a gripe espanhola, no começo do século 20, que causou 50 milhões de mortes no mundo todo, a varíola foi um problema grande, a poliomielite e a tuberculose também. “Essas coisas acontecem, pois há uma interação perene entre as pessoas e o meio ambiente. Pandemias como essa vão acontecer mais vezes e com mais frequência”, disse.
Segundo Dr. Kallás, o mundo tem que ter a capacidade de estudar esses agentes cada vez mais de forma aprofundada, conhecer melhor a distribuição de germes que estão na natureza, entender as dinâmicas relacionadas a essas transmissões, quer seja de vírus, de protozoários ou de fungos. Além disso, saber qual é o potencial de cada um desses germes em causar uma pandemia como essa, e encontrar uma forma mais rápida de buscar novos tratamentos e novas formas de prevenção principalmente novas vacinas.
No caso da Covid-19, ele acredita que, com o aumento das produções de vacinas, no final do ano deve haver um excesso delas no mercado. “Com isso, conseguiremos provocar uma proteção. O que vai trazer tranquilidade é a vacina. Todos estarem protegidos contra o vírus. O principal das vacinas é que elas protegem as pessoas de ficarem doentes, e mesmo se ficarem, não desenvolvam uma doença grave. É possível que mesmo assim o vírus fique circulando por aí. Não podemos esquecer apenas do comportamento humano, que deve ser sempre no sentido de proteger”, finalizou doutor Esper Kallás.
Confira todo o conteúdo do 23º Congresso ANEFAC Digital
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