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Os últimos 25 anos foram extremamente voláteis nos ambientes econômicos, políticos e sociais brasileiros. À medida que a sociedade e o mundo evoluíram, Paula Alves, controller da Eneva, acredita que as empresas se esmeraram para se adaptarem às constantes mudanças e exigências impostas pelos consumidores, cidadãos e investidores em geral. São mudanças que transcenderam ao ambiente corporativo, mas passaram a permear toda uma nova realidade social e econômica.
Os stakeholders em geral (colaboradores, mercado, consumidores, acionistas, credores etc.) passaram a confiar em empresas que efetivamente praticam o discurso da transparência, sendo este alinhado com seus princípios e valores. Neste sentido, podemos afirmar que a transparência tem gerado valor tanto para as empresas quanto para a sociedade em geral. “Estamos bastante felizes com o reconhecimento do Troféu Transparência, que é decorrente de muito trabalho, dedicação e compromisso com as melhores práticas de governança na emissão das demonstrações financeiras”, diz Alves.
Segundo ela, a ANEFAC escolheu um tema: o mundo se transforma e a transparência de intensifica totalmente alinhado com as necessidades e exigências da sociedade atual por um ambiente de negócios cada vez mais transparente e aderente às melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Foi uma grande alegria para a empresa ser reconhecida como uma das melhores demonstração financeira exatamente quando o Prêmio Transparência completa seus 25 anos.
“Quando preparamos nossas demonstrações financeiras costumamos nos perguntar se o leitor, seja um colaborador, investidor, credor etc., se sentirá interessado e bem-informado sobre o ambiente de negócios e resultados obtidos pela empresa naquele momento. É importante garantir a qualidade e o grau das informações contidas nos quadros contábeis e notas explicativas, a transparência das informações prestadas, a qualidade e consistência do relatório de administração, além da obrigatória aderência aos princípios contábeis”, relata Alves.
Além disso, o mundo vive um momento muito sensível e de profunda mudança nas relações de troca e de consumo. De acordo com Bruno Campelo, gerente contábil da Eneva, a pauta ESG é mandatória para toda a empresa que pretende manter seu negócio perene e em crescimento. “Começamos a discutir iniciativas como carbono verde, tecnologias limpas e linhas de crédito específicas, que para empresas comprometidas com as diretrizes ESG, é um caminho sem volta, ainda bem”, pondera.
Ele conta que a transparência é ferramenta essencial para o diálogo direto com os diferentes stakeholders, oferecendo um ambiente sincero e aberto, para que haja a correta avaliação daquilo que é mais relevante para o sucesso dos negócios e sua reputação. Em resumo, a transparência deve ser prioridade na cultura organizacional das companhias.
Transição energética exige projetos greenfield, térmicos a gás ou renováveis
Em 2022, a Eneva planeja contribuir para a transição energética e com o crescimento do Brasil. Neste sentido, mantem estratégia com horizonte no longo prazo e se desafiou, em 2018, a atingir, em até cinco anos (fim de 2023), uma capacidade contratada de geração termelétrica de 4,7 GW.
Essa meta poderá ser atingida tanto por meio do desenvolvimento de projetos greenfield, térmicos a gás ou renováveis, quanto por ativos adquiridos por meio de fusões e aquisições. A expectativa é de um ano repleto de desafios e crescimento.
O principal desafio do mercado de energia no Brasil é a diversificação eficiente da matriz energética. Nesse contexto, o gás natural exerce grande relevância para a segurança de suprimento do sistema, atuando como um insumo seguro a ser acionado em períodos em que a geração renovável não conseguir atender à demanda. A Eneva se posiciona como um dos principais players para fornecer segurança e estabilidade ao sistema energético brasileiro.
No Brasil, a empresa está gradualmente reduzindo a dependência da fonte hídrica e partindo para um incremento nas diferentes fontes renováveis, porém em sua grande maioria ainda pendente de tecnologias eficientes para armazenamento. Novamente o gás natural aparece com a opção segura e presente para realizar essa transição, enquanto se avança em soluções que viabilizem outras fontes de suprimento perene e seguro.
“Com relação à distribuição, acreditamos na expansão da geração distribuída e em iniciativas para fomento do mercado livre para consumidores de baixa tensão. Essas perspectivas fomentam a competividade e abertura do mercado e mesmo que ainda existam desafios técnicos e regulatórios a superar, vejo como o futuro do mercado”, finaliza Campelo.