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“Na produção das demonstrações financeiras, procuramos nos colocar no lugar do leitor e entender qual informação é relevante para a sua análise e tomada de decisão. Somos uma empresa complexa, integrada e com diferentes operações. Traduzir esse cenário para uma linguagem técnica, como requerem as normas, e ao mesmo tempo acessível para os diferentes usuários, é um desafio bem grande”, explica Rodrigo Araujo Alves, diretor executivo financeiro e de RI da Petrobras.
O recebimento do Troféu Transparência, ele conta que, representa justamente que esse trabalho foi exitoso. A premiação é um marco importante para a Petrobras, pois é o reconhecimento de suas equipes na confecção e divulgação de demonstrações financeiras que contenham a melhor informação aos seus leitores e que agreguem valor aos seus públicos. A empresa tem claro que a transparência deixou de ser um desejo para ser uma necessidade e um valor fundamental, que determina o sucesso no presente e determinará o êxito no futuro.
Estar no seleto grupo ganhadoras em 2021, sem dúvida, pelo fato do ano ter sido marcado por muitas dificuldades e desafios oriundos da pandemia de Covid-19, é significativo para a Petrobras. Além disso, ter sido eleita destaque, pelo segundo ano consecutivo, em 2020, foi um marco histórico. A empresa tem consciência da dificuldade de conseguir figurar entre as ganhadoras do Troféu Transparência e, por isso mesmo, ser eleita destaque por dois anos consecutivos foi um momento de muito orgulho para todos.
As transformações na sociedade e no mundo empresarial nos últimos anos, em especial relacionadas às exigências de um ambiente de negócios mais ético, com responsabilidade social e foco no meio ambiente e na sustentabilidade, vêm requerendo das empresas mais transparência, reforço da governança e dos controles, melhorias da gestão e na capacidade de comunicação. Em paralelo, ainda têm as evoluções tecnológicas que trazem complexidade e desafios, mas abrem oportunidades para maior transparência.
Em 25 anos de história do Troféu Transparência, a adoção do IFRS, foi um marco importante para incremento da transparência nas demonstrações financeiras das empresas brasileiras, pois se evoluiu de um sistema baseado em regras para considerar um conjunto de normas baseada em princípios, possibilitando que as informações divulgadas fossem relevantes para entendimento dos negócios pelos usuários.
Outro ponto, que contribuiu para essa evolução foi a atuação da sociedade em nível mundial, preocupada cada vez mais em saber se as práticas adotadas pelas empresas estão em linha com seus anseios (transparência, responsabilidade e respeito), além, claro, do incremento contínuo da demanda por informações, por parte dos investidores e da sociedade como um todo. “A adoção de práticas internacionais possibilitou estarmos alinhados a essa tendência mundial, seja na qualidade dos reportes financeiros, como na evidenciação dos valores. Isso torna nosso desafio crescente, porém reforça a importância de sermos premiados no Troféu Transparência”, avalia Alves.
O que faz a Petrobras ser premiada pelas demonstrações financeiras transparentes, segundo ele, é não ter segredo quando a informação for material e relevante para os públicos interessados obterem entendimento das ações e operações. Além disso, acredita que, é fundamental realizar constantemente uma autocrítica qualitativa, reavaliando se os negócios em que atuam estão refletidos e claros nas notas explicativas, assim como aderentes aos normativos contábeis vigentes. Ouvir continuamente o feedback dos seus públicos de interesse, realizar benchmarking frequente das melhores práticas do mercado e acompanhar as tendências no mundo do reporte corporativo também é parte fundamental.
Está claro que a agenda ESG é um tema estratégico para as empresas e seu futuro, representando uma parte importante do posicionamento estratégico. Nesse contexto, Alves pontua que, a transparência é parte fundamental, tanto da agenda de governança, quanto de conexão com a sociedade e meio ambiente. A capacidade de ser transparente e refletir, na comunicação com o público, o posicionamento e atuação dos seus compromissos e valores, se torna essencial. A Petrobras tem como propósito prover energia que assegure a prosperidade de forma ética, segura e competitiva. Para isso, orientação ao mercado, superação e confiança são seus valores, assim como a transparência, a ética e o respeito à vida, às pessoas e ao meio ambiente.
Com foco em óleo e gás, busca é reduzir o impacto do negócio sobre o meio ambiente e o clima
Em termos de futuro, a Petrobras está em fase de revisão do seu Plano Estratégico para os próximos cinco anos. Mas continua fortemente comprometida com a geração de valor, com a eficiência operacional, com o incremento da qualidade de seus combustíveis e redução das emissões de carbono em suas operações, sempre com respeito às pessoas e ao meio ambiente, e com zelo pela segurança em suas operações.
O desenvolvimento dos ativos de classe mundial em águas profundas e ultra profundas, com destaque para o pré-sal, seguirá sendo a prioridade da Petrobras, assegurando também o aprimoramento contínuo de seu refino para o futuro dos combustíveis e focados no processo de aumento da abertura dos mercados no Brasil. A empresa é a detentora do maior campo de petróleo em águas profundas do mundo, o de Búzios, e segue atuando de forma relevante no pré-sal brasileiro. A intenção é acelerar a produção no pré-sal, transformando em riqueza para toda a sociedade.
No terceiro trimestre deste ano, a empresa celebrou o alcance da meta de endividamento. “Superamos esse desafio com antecedência de 15 meses, quando atingimos uma dívida bruta de US$ 59,6 bilhões. Com a manutenção de uma alavancagem em patamares alinhados aos de nossas empresas pares, focaremos, cada vez mais, em gerar e distribuir nossa geração de valor, com excelência técnica e operacional, além da transparência como um valor fundamental”, pontua Alves.
A indústria de petróleo e gás passa constantemente por desafios. Segundo ele, seja porque as empresas não controlam os preços da commodity, que são globais, e precisam assegurar constantemente que seus custos e situação financeira sejam competitivos, para que possam gerar valor; seja por todo o desafio de segurança e enorme desafio operacional de produzir a centenas de quilômetros da costa brasileira e a quilômetros de profundidade, ou em plantas de refino que operam transformações físico-químicas em temperatura e pressão elevados. “Nesse sentido, o desafio é manter a Petrobras forte, com uma governança sólida e focada na geração de valor, crescendo sustentada em ativos de classe mundial e atuando de forma consciente no processo de transição energética. Nosso Plano Estratégico já sinaliza as linhas mestras para superação desses desafios”, relata.
A indústria de petróleo e gás está passando por transformações profundas, que já vinham ocorrendo mesmo antes da pandemia de Covid-19. Entre elas, se destacam a transição energética em curso, a crescente pressão dos públicos de interesse sobre temas ambientais e a busca pela geração de valor. A Petrobras está promovendo uma agenda transformacional para se adaptar a esse futuro, numa economia de baixo carbono.
“Vamos continuar com a execução de nossa estratégia, visando nos tornar a melhor empresa de energia na geração de valor, com foco em óleo e gás, enquanto reduzimos o impacto do nosso negócio sobre o meio ambiente e o clima. Além de focarmos em projetos resilientes a baixos preços de petróleo, estamos investindo em novas tecnologias para descarbonização da produção, desenvolvimento de combustíveis mais eficientes e sustentáveis e pesquisa e desenvolvimento em renováveis modernas”, finaliza Alves.
Confira o podcast com a ganhadora no Portal da Transparência.