A ANEFAC está lançando programa para auxiliar os executivos na transição de carreira com conhecimentos distribuídos em dez trilhas de formação e conteúdo cuidadosamente elaborado por executivos de destaque
Um dos grandes desafios do futuro do trabalho é a requalificação profissional. Amplamente debatida no Fórum Econômico Mundial desse ano, a grande pergunta que norteou a discussão sobre o assunto foi: como capacitar a mão de obra para os empregos do futuro?
Segundo uma pesquisa do Fórum de Davos com a PwC, o investimento na requalificação da mão de obra poderia trazer um ganho no PIB global de 6,5 trilhões de dólares. Já uma outra realizada pela mesma firma de auditoria, com 22 mil pessoas – duas mil delas no Brasil – aponta que a requalificação profissional está entre as preocupações de 92% dos brasileiros adultos. Enquanto um estudo de 2020 da Tera e Scoop&CO, trouxe que a maioria dos entrevistados (63%) já havia mudado de área de atuação antes da pandemia e quase metade (48%) pretendia trocar dentro dos próximos meses.
Os números refletem o que está acontecendo no mercado, a pandemia chacoalhou as estruturas corporativas, mas a automação já estava impactando consideravelmente diversas profissões. Talvez o distanciamento social tenha apenas antecipado um futuro inevitável: o que aconteceria nos próximos dez anos talvez leve metade. Pode-se dizer que o futuro do trabalho foi antecipado? As questões que mais foram debatidas na conferência, no âmbito de trabalho, foram os impactos da inteligência artificial e automação na empregabilidade.
O maior medo é que os avanços tecnológicos vão extinguir diversos empregos e esses profissionais não terão como se recolocar no mercado. Por isso, a requalificação profissional tem sido tão debatida. Na percepção de Flavio Riberi, head adjunto de contabilidade da ANEFAC e que está à frente de programa da entidade nessa área, em meio as mudanças no rumo dos negócios, muitas empresas ajustaram seus quadros a uma nova realidade que foi acelerada com os acontecimentos de 2020.
ANEFAC lança programa de requalificação profissional
A ANEFAC tem em seu DNA o propósito de fortalecer o networking entre os executivos de finanças, administração, economia e contabilidade. Este programa de requalificação profissional tem o objetivo de unir executivos de referência em uma iniciativa abrangente que auxilie profissionais que estão em busca de recolocação no mercado de trabalho. Diferentemente de associações que buscam defender interesses de uma classe, a entidade desfruta de um prestígio ao se posicionar a frente de conteúdos e discussões inovadoras para apoiar a carreira do executivo. Essa preocupação resulta de um esforço legítimo em cuidar dos executivos em processos de transição de carreira, conectar os executivos jovens e os seniores, e celebrar os relacionamentos construídos com a troca de experiências.
“Será um programa construído para propiciar conhecimentos distribuídos em dez trilhas de formação, com conteúdo cuidadosamente elaborado por executivos de destaque em áreas como transição de carreira, inovação e oportunidades de mercado, mercado de trabalho, mídias sociais e processos relacionados a liderança transformadora. É um projeto que tem um cunho mais do que social e busca potencializar uma reflexão em torno da carreira do executivo para prepará-lo para novas ações e novos resultados”, explica Riberi.
O programa está estruturado para realização em 40 horas que podem ser atendidas em até 180 dias e ao final haverá uma avaliação do programa. O material de apoio oferecerá vídeos, dicas e artigos, sempre com a proposta de provocar uma reflexão no executivo participante que transforme sua vida profissional, e claro que se desejado, o conteúdo estudado poderá ser exponencialmente aprofundado com as dicas oferecidas pelos executivos especialistas em cada trilha do conhecimento.
O programa oferecerá uma dinâmica que apoie o executivo em sua fase de mudanças profissionais com total conveniência e flexibilidade para realizar seus estudos e usufruir os benefícios dos conteúdos e canais de relacionamento mantidos pela ANEFAC, além do acesso a uma rede de relacionamento formada por executivos de destaque em diferentes indústrias.
Para Flavio Riberi, ao longo dos anos, as empresas vêm percebendo a importância de cuidar de seus colaboradores e ex-colaboradores, ainda mais em processos delicados de reestruturações. “A preocupação social da empresa pode entrar em ação neste momento ao apoiar este programa que tem esta identidade, com benefícios a sua divulgação, impacto positivo perante a sociedade, e a abertura de novos caminhos a seus ex-colaboradores para acessar um ecossistema de informação, conteúdo e relacionamento que é a ANEFAC. A sigla ESG traz muito significado e a percepção da sociedade com relação a empresa pode ser positiva quando ela compreende seu papel social ao cuidar de pessoas no seu entorno”, finaliza.