Jornalistas econômicos analisam impacto das eleições presidenciais na economia brasileira
Por Jennifer Almeida
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Após ser eleito em outubro deste ano, tudo indica que o novo presidente da República dará más notícias para a população em seu discurso de posse. O quadro é preocupante e a lenta recuperação tem feito a economia perder seu vigor. Associado a isso, as respostas do sistema político brasileiro não tendem a ser positivas.
“Pode ser que a campanha não traga más notícias porque nenhum candidato, talvez nem os reformistas, tenham coragem de dar más notícias, porque em tese elas significam não ter votos. Mas independentemente de quem ganhar, seja um candidato de esquerda, direita ou centro, terá de mostrar a real situação das contas públicas para a sociedade no dia 1º de janeiro de 2019”, vislumbra Luís Artur Nogueira, jornalista, economista, editor da IstoÉ Dinheiro e palestrante sobre cenário econômico e político. Com um rombo nas contas públicas na ordem de R$ 100 bilhões por ano, Nogueira defende que equilibrar essa equação seja a prioridade do novo presidente.
Para Fabio Pannuzio, âncora do Jornal da Noite da TV Band, apresentador do Canal Livre e comentarista de política do programa Bastidores do Poder, da Rádio Bandeirantes, o primeiro passo para recuperar a economia brasileira vai depender da consistência de quem vier a ser eleito. “O Brasil tem um teto para os gastos públicos, mas o ralo continua aberto. Se um candidato como Bolsonaro ou Lula vencer as eleições, não sei se o apelo populista não sepultaria definitivamente a chance única de fazer o que deve ser feito”, opina. Por outo lado, ele afirma também que o Estado deve suportar e mitigar o imenso desnível social que existe no país e ainda cuidar de problemas aparentemente insolúveis como a violência e a saúde.
A dificuldade de se prever o cenário econômico brasileiro pós-eleição está na indefinição do processo político-eleitoral. “Com a direita e o centro dispersos, a esquerda fragmentada e elementos como um candidato preso, que não se sabe se conseguirá ou não se habilitar para o pleito, tudo fica imprevisível”, comenta Pannunzio. De acordo com ele, soma-se a isso a ausência de plataformas claras sobre programas econômicos e o atual cenário: um processo quase imponderável, em que o eleitor tem grande dificuldade de entender o que propõem os que se apresentam para a disputa.
“A principal dificuldade é descobrir qual agenda econômica sairá vencedora nas urnas”, aponta Nogueira. Uma agenda reformista que segue mais ou menos a agenda do governo Temer com reformas e ajustes fiscais ou uma agenda populista, que defende uma presença ainda maior do Estado como uma solução para todos os problemas econômicos. Como as contas públicas no Brasil estão no vermelho, ele não confia que uma agenda populista, que defende mais gastos públicos para estimular a economia, seja factível.
Na visão de Nogueira, boa parte da sociedade não tem noção do impacto que cada agenda econômica terá nos rumos do país. “Os candidatos populistas tentam vender sua agenda como milagrosa, o que, aos olhos do eleitor que não tem conhecimentos de economia, parece ser muito lógica”, explica. Ele chama atenção, no entanto, que esses candidatos esquecem de dizer para os eleitores que o Estado não tem dinheiro para oferecer benefícios e investir. Com o Estado quebrado, o dinheiro para tais benefícios e investimentos teria que vir da arrecadação de impostos. “A sociedade está disposta a pagar mais impostos?”, questiona.
Tanto Pannunzio quanto Nogueira concordam que a reforma da Previdência é urgente, e que caso essa e outras reformas não sejam realizadas, o risco da estagnação econômica é muito grande. “Os economistas dizem que, se isso ocorrer, o país mergulhará num ambiente muito pior do que o do último triênio”, informa Pannunzio.
“Se o presidente eleito tiver a coragem de colocar a agenda correta, que engloba a reforma da Previdência, o ajuste fiscal (contas públicas) e as reformas política e tributária, imediatamente o clima econômico melhora e teremos mais crescimento econômico se comparado a este ano, o qual, diga-se de passagem, já é maior do que o do ano passado”, aponta Nogueira. Em sua opinião, se isso não ocorrer o cenário será de baixíssimo crescimento ou de recessão econômica, o que, consequentemente, fará o mercado financeiro, os investidores estrangeiros e os empresários “fugirem” do país.
Candidato experiente x candidato inexperiente
“Um antirreformista por definição pode levar o país à falência, mas não é possível mais adiar a discussão de certas reformas”, alerta Fabio Pannunzio. Desde que tenha responsabilidade, altruísmo e patriotismo, ele acredita que quem for eleito vai ter que encarar a realidade drástica que se espreita no horizonte, o que torna a agenda das reformas inexorável. “A questão agora é saber que reformas a sociedade espera dos futuros governantes. Pode não ser a reforma proposta pelo Temer, mas algo tem que ser feito para não quebrar a Previdência. Esperar de todos que façam o que este governo se comprometeu a fazer é um erro de expectativa”, afirma.
De acordo com Pannunzio, nenhum dos candidatos terá condições de governar sem encarar de frente a agenda de reformas. “Incluo também a reforma política, sem a qual jamais iremos sair desse paradigma patrimonialista no qual o Brasil se encontra atolado”, acrescenta. Na visão de Nogueira, um candidato experiente pode ajudar, mas ele não crê que este seja fator decisivo, considerando que experiência não significa vontade de fazer o que precisa ser feito.
O mais importante é ter uma agenda econômica correta e habilidade para saber negociar com o Congresso, visto que não haverá grandes renovações de seus membros. “É fundamental que as principais reformas sejam aprovadas no primeiro ano porque é nesse período que o presidente tem a força das urnas”, conclui Luís Artur Nogueira.
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