Entidade realizará evento on-line com três dias de duração, em dezembro, que passará por todos os desafios impostos às empresas na elaboração das DFs. Expectativa é reunir mais de 1 mil participantes

Bolí Rosales, superintendente da ANEFAC
Para as empresas que devem preparar as demonstrações financeiras anuais com previsão de publicação em 2021, exercício 2020, será o primeiro ano em que os impactos do surto coronavírus (Covid-19) serão registrados na sua totalidade nas DFs – ou seja, afetarão a mensuração, o reconhecimento e divulgação de ativos e passivos, receitas e despesas.
O Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), organismo responsável pela elaboração dos padrões contábeis IFRS, não criou novas normas, ou realizou mudanças significativas nas que estão em vigência, segundo o próprio órgão. Até o momento, a única ação tomada pelo Iasb nas normas devido à Covid-19 foi a edição de uma emenda temporária ao IFRS 16, que trata da contabilização de arrendamentos.
Com isso, as empresas precisam, mesmo diante das condições sem precedentes desta crise, pegar os princípios [das normas] e aplicar de forma adequada. Essa será a grande questão e o grande desafio para a publicação das demonstrações financeiras 2021. A ANEFAC, para prestar informações às empresas, realizará o Congresso DF em dezembro. As datas serão divulgadas no www.anefac.org.
“Serão três dias de muito conteúdo, com um formato totalmente digital mantendo a qualidade e alcance nacional e, ainda, contemplando três grandes pilares: conteúdo, negócios e networking. O Congresso DF da ANEFAC tem a proposta de ser o principal evento sobre as demonstrações financeiras do Brasil. Pois, irá conectar os profissionais, das mais variadas áreas das empresas que estão envolvidos no processo das DFs, aos melhores especialistas do mercado. A missão será levar conhecimento e atualização”, explica Bolí Rosales, superintendente da ANEFAC.
O conteúdo será conduzido por especialistas renomados nas áreas que são importantes para a preparação das demonstrações como contábeis e tributárias. A ideia é trazer uma ampla atualização sobre as instruções, deliberações, normas e leis criadas ou que sofreram alterações no decorrer de 2020 e que, de alguma forma, influenciarão o processo de elaboração das DF 2021. Uma vez que os eventos e condições gerados pela disseminação do vírus, resultaram em níveis de incertezas e riscos que as empresas nunca enfrentaram antes e podem resultar em implicações significativas nas demonstrações financeiras.
Um ponto bastante importante, que a pandemia da Covid-19 mostrou, é com relação a questão dos dados das empresas, recursos imperativos dos negócios ainda mais urgentes do que já eram. Além disso, há aquelas empresas que são obrigadas a fornecer uma explicação dos eventos e transações que sejam significativos para o entendimento das alterações em sua posição financeira e de performance, desde a última data da demonstração anual. Com certeza, os stakeholders esperam mais informações do que normalmente é divulgado.
“A ANEFAC irá trazer diversos especialistas que poderão tirar as dúvidas com relação a preparação do seu balanço. São vários pontos a serem analisados, inclusive sobre a continuidade do negócio, performance operacional, diminuição de ativos, e por aí vai. Por isso, vamos preparar um conteúdo capaz de fazer uma análise 360° da situação, com os principais impactos nas demonstrações financeiras”, finaliza Rosales.