Estamos no último trimestre do ano e 2020 já é quase uma realidade. Embora ainda tenha muito a ser feito nesse ano, definir os investimentos e as decisões estratégicas para o próximo exercício fiscal é essencial. Seja lá qual for o negócio ou o tamanho dele, orçamento, previsões e planejamento estratégico financeiro são fundamentais para qualquer empresa e ajudam a traçar as melhores estratégias e perspectivas de negócios.
Equalizar todos os pontos, lidar com as especificidades de cada área e com o volume exorbitante de informações, é sempre um desafio. Por isso, para quem é da área financeira ou de controladoria, esse período é sinônimo de correria e até mesmo de muita enxaqueca. De um lado o board, cobrando por reduções de custos e mais efetividade financeira; e do outro, as áreas de negócios, com suas necessidades, brigando pelos seus budgets e prioridades. Aliás, nem sempre esse é um problema exclusivo de controllers. Profissionais de áreas que necessitam estabelecer um planejamento estratégico financeiro, tal como marketing, vendas, recursos humanos, produção, planejamento estratégico e tantas outras, também enfrentam esse dilema.
Seria redundante dizer o quão crucial e estratégico é esse trabalho e o tamanho da importância de uma gestão eficiente dos processos de Planning, Budgeting, Forecasting & Consolidation. Se não bastasse a habitual correria, assim como outras áreas, o setor de finanças também está sendo impactado positivamente pelas mudanças da transformação digital, proporcionando que as equipes de planejamento estratégico financeiro encontrem formas de aproveitar todas as informações, alternativas e cenários what-if e ainda descobrir qual será o impacto das decisões de hoje sobre os resultados de amanhã.
Mas, qual é a melhor forma de abordar de maneira colaborativa, segura e ágil o processo de organizar, aprovar, revisar e simular o planejamento estratégico financeiro de uma empresa? Será que os dados e o Analytics fazem mesmo a diferença no mundo de um gestor financeiro?
A primeira coisa que vem à memória da maioria das pessoas quando o assunto é planejamento estratégico financeiro são as planilhas em Excel. Essas ferramentas são sem dúvida as mais comuns entre as empresas; no entanto, fatores relacionados a erros de fórmulas, datas, versões, falta de integração e históricos etc., atrapalham o dia a dia de quem está à frente das finanças, não permitem produtividade e até colocam em risco o resultado final. Outra questão é que para a área corporativa, esse tipo de ferramenta não oferece recursos importantes, como rastreabilidade, confiabilidade segurança, algo que para os gestores de finanças é essencial, especialmente por conta de consolidações financeiras, relatórios, entre outros pontos.
A boa notícia é: hoje há soluções eficazes e menos complicadas, que automatizam e permitem uma abordagem analítica, de maneira visual e, o que é melhor, sem depender da área de tecnologia. As ferramentas específicas como as de Corporate Performance Management são importantes. E se forem integradas com bussiness intelligence e analytics? Melhor ainda. Há uma série de tendências em analytics que estão revolucionado a área financeira. É possível criar simulações, além da projeção de indicadores de performance (KPIs). Também se consegue quantificar e projetar o impacto das vendas, lucratividade, margens e produtividade, sem lidar com soluções distintas, transferência de dados ou precisar criar novas e onerosas bases de dados para gerar relatórios, integrando passado e futuro.
Essas soluções proporcionam aos analistas insights em tempo real, algo que aperfeiçoa o desempenho financeiro e impacta no aumento da lucratividade, permitindo assim um melhor aproveitamento das oportunidades de crescimento que surgem. A vantagem dessas ferramentas mais elaboradas é a de personalizar o planejamento estratégico financeiro de acordo com a situação. No caso de despesas complexas, como as de viagem, dá para fazer previsões e cruzar informações por rotas, por valores, quanto custará aquele trecho em determinada data e por aí vai. Ou seja, consegue colocar as justificativas e variáveis.
E falo isso com conhecimento de causa e por todos os planejamentos com os quais já me envolvi. Receber uma visão consolidada dos negócios sob o enfoque BI + CPM permite analisar informações críticas, considerando o desempenho alcançado e as diversas opções de cenários futuros e seus impactos no Balanço, DRE e Fluxo de Caixa, embasando fortemente o processo de tomada de decisão. Estamos falando de agregar inteligência aos processos e negócios, não só para ser mais preditivo, como para reduzir despesas ou capitalizar oportunidades. Pense nisso, dá para passar pela fase do planejamento estratégico financeiro de uma forma muito menos dolorosa. Existe vida além do Excel. Liberte-se.
Artigo escrito por Celso Oliveira, que é presidente da MicroStrategy Brasil, empresa líder mundial no fornecimento de plataformas analíticas e software de mobilidade