
Antonio Carlos Machado, presidente do Conselho de Administração da ANEFAC
Após completar 50 anos e iniciar um grande período de mudanças no mercado, a ANEFAC elegeu seu novo presidente do Conselho de Administração, que permanece no cargo por dois anos renováveis por mais dois. Antonio Carlos Machado, assume o cargo no lugar de Amador Alonso Rodriguez. O contador iniciou sua carreira profissional em 1984. Sempre atuou na área contábil, desde o cargo de auxiliar contábil até auditor independente e consultor na área de controladoria e contabilidade.
Sua carreira começou com seu pai. Hoje, é formado em ciências contábeis e mestre em Controladoria e Contabilidade, ambos pela FEA-USP. Há 25 anos participou da fundação da M/Legate, uma organização que presta serviços nas áreas contábil, tributária, de recursos humanos, auditoria e perícias. Machado atua diretamente em BPO´s de controladoria e contabilidade. Sua história na ANEFAC começou há 25 anos. “Sinto-me em casa, junto à amigos, quando participo de eventos de nossa associação. Ajudar uma entidade de milhares de profissionais e com mais de 50 anos de fundação é sempre uma honra. O Conselho de Administração é composto por ex-presidentes da ANEFAC que são notórios e competentes profissionais em suas carreiras. Espero atender, na mesma altura, às demandas do Conselho”, diz. Confira mais na entrevista:
Qual a sua percepção sobre o momento atual da ANEFAC?
O momento agora é de tecnologia. Os profissionais associados estão entrando em uma nova forma de fazer networking, de adquirir conhecimento e de fazer negócios. A ANEFAC está alinhada com este momento e vem promovendo ações que discutem e desbravam este novo ambiente para os seus associados. Exemplo disso são os temas dos últimos três congressos que estiveram plenamente alinhados a este novo momento.
Para onde a ANEFAC irá?
A velocidade das mudanças no mundo empresarial, com impacto nas profissões dos associados da ANEFAC, está muito rápida. A entidade terá de ser igualmente veloz em todas as suas ações, adaptando-se aos novos requisitos de conhecimento e de transmissão deste conhecimento e capacitação aos seus associados.
O mundo passa por um momento de transformação tecnológica muito grande, como entidades como a ANEFAC estão e estarão a frente dessas transformações que impactam na vida dos executivos?
A ANEFAC terá que ter processos que sejam ágeis e adaptativos aos novos requisitos de conhecimento e capacitação dos associados frente a estas transformações. Teremos que ser o exemplo de como agir rapidamente e com foco naquilo que agrega valor ao associado, sabendo que as ações, por sua vez, serão mais voláteis e terão que ser redesenhadas à cada curto período de tempo.
Você já foi presidente da ANEFAC, o que mais te marcou e te ajudará nessa nova ‘missão’ no Conselho?
A experiência como Presidente Executivo nos anos de 2015 e 2016 foi um desafio pessoal importante. Foram dois anos complexos na economia e na política brasileira. Os executivos associados da ANEFAC, neste período, foram fortemente requisitados por suas empresas e pelo mercado, a apresentarem alternativas e soluções para os problemas que emergiram. Eles tinham pouco tempo para dedicarem ao networking e às nossas reuniões técnicas, aos eventos, entre outros programas. Nós tivemos que competir para termos a atenção destes associados e o envolvimento deles.
Isso fez com que a nossa gestão focasse muito na comunicação de nossos eventos, apresentando aos associados o valor de se manterem ativos na entidade. Acredito que esta experiência, de entender o momento e aplicar ferramentas específicas para cada situação, ajudará o Conselho a continuar contribuindo, cada vez mais, com orientação estratégica junto à Diretoria Executiva.
Quais serão os principais desafios à frente do Conselho da ANEFAC?
O desafio maior será o de coordenar as ações do Conselho, que têm membros experientes, com as da Diretoria Executiva, harmonizando a comunicação entre ambos.
Você vivenciou os 50 anos da ANEFAC, como avalia as principais conquistas da entidade?
Vivenciei o ano em que a ANEFAC comemorou seus 50 anos de fundação, mas não os 50 anos da entidade, apesar da minha idade (risos). Mas, falando agora sério, eu avalio todas as conquistas da ANEFAC com muito orgulho. O mercado respeita muito todas as ações da entidade, desde a sua pesquisa mensal de juros ao Troféu Transparência – Prêmio ANEFAC-FIPECAFI-SERASA EXPERIAN, aos eventos de networking e a capacitação dos executivos associados. A marca ANEFAC é valiosa, porque é transparente e promove o crescimento de todo profissional a ela associado.
A frente da ANEFAC, você também passou por uma crise econômica no Brasil. Como avalia esse momento que entidade atravessou e continuou a desenvolver suas atividades?
Sim, 2015 e 2016 foram anos em que o país registrou seus piores desempenhos econômicos, com PIB negativo durante estes dois anos. Isso impactou diretamente os investimentos institucionais das empresas e houve restrição por parte dos associados em participar mais ativamente dos eventos da entidade. Tivemos que trabalhar fortemente no redesenho dos nossos eventos, o que impactou diretamente nos seus custos, a fim de garantir que não fossem suspensos ou cancelados. Foram anos difíceis, mas nós acabamos por reinventar algumas ações da entidade.
Quais os principais projetos da sua história profissional que mais te marcaram?
Sem dúvida nenhuma foi quando participei da criação da M/Legate e pude colocar em prática muito daquilo que se discutia na ANEFAC e na Academia, como as melhores práticas em controladoria.