Novas tecnologias, internet, automação, máquinas inteligentes e digitalização estão impactando o perfil do profissional ideal para o mercado de trabalho nos dias de hoje. Diariamente eles precisam se adaptar para atender as novas demandas. E isso, não é diferente nas áreas de finanças, economia, administração e contabilidade. “O profissional precisa estar atento as mudanças tecnológicas que automatizam todo o processo sem a necessidade de dependência do trabalho manual. Devem ter profundo conhecimento da sua área, mas também ter o desejo de aprender sobre o core business da sua empresa e assim agregar mais valor”, avalia Yoshimiti Matsusaki, CEO da Finnet.
Muito tem se falado em profissionais multidisciplinares. Para o executivo, atuar com equipes multidisciplinares é a chave do sucesso, é importantíssimo a capacidade de harmonização das equipes diante da diversidade que é um elemento importantíssimo para a geração de novas ideias e diferenciação no mercado. “O profissional do futuro é alguém que tem o prazer de se reinventar e assim criar novas oportunidades para si e soluções para o mundo”, diz.
Diante desse cenário, o processo de recolocação é e sempre será necessário, mas Matsusaki acredita que cada vez mais ele deve ser substituído por um trabalho preventivo de reposicionamento do profissional. “Entendo que a recolocação se torna difícil quando o profissional não veio se reposicionando diante das mudanças do mercado. A recolocação é uma medida corretiva, o reposicionamento é uma medida preventiva e de grande valor agregado. As empresas e os indivíduos deveriam investir muito mais neste processo, pois como uma empresa vai se reposicionar no mercado se sua equipe não o fez? Isso gera um grande trabalho de recolocação”, salienta.
Já a transição de carreira é de responsabilidade do profissional e da corporação, analisa o CEO, que entende que o profissional deve se auto responsabilizar por esse processo, pois muitas vezes a transição que ele deseja pode não ocorrer dentro da empresa que está, pois não existe a oportunidade ou a empresa não está fazendo a jornada que possibilita esta transição.
Aliado a isso, segundo ele, o networking é e sempre será importante. “As formas de estabelecer as conexões talvez não sejam as mesmas, mas o real e mais efetivo networking é quando outros profissionais presenciaram a sua jornada e o seu trabalho, serem testemunhas da sua competência. Outro ponto, nas áreas de finanças, economia, administração e contabilidade, os headhunters são necessários, principalmente, em situações onde se buscam profissionais e competências bem específicas, típico em processos de mudanças de cultura e na captação de talentos em outras áreas e formas de atuação, ou seja, acesso a outras tribos”, finaliza.