AES Tietê combina soluções de comercialização de energia, eficiência energética e geração distribuída
Para ela, com certeza um balanço transparente fornece informações mais completas e detalhadas acerca dos resultados e fluxos de caixa da empresa, além de informações relevantes e não recorrentes para avaliação e tomada de decisão por parte dos investidores. “Uma demonstração financeira transparente traz divulgações e informações sobre estratégia de crescimento e criação de valor para seus acionistas, além de políticas de risco e crédito, o que traz benefícios diretos aos negócios, investidores e usuários da informação”, pondera.
Ser transparente significa divulgar informações com clareza e objetividade internamente e externamente, sendo as mesmas positivas ou não. Sadock explica que a AES Brasil possui políticas e mecanismos internos de compliance e controle, que aliadas ao alto nível de governança corporativa gera um ambiente que favorece a transparência. E ainda, aponta que na visão da AES, empresas transparentes trazem credibilidade, confiança e sustentabilidade ao negócio.
“Um dos elementos fundamentais do nosso modelo de criação de valor aos nossos acionistas e mercado em geral está na adoção de práticas transparentes e sistemáticas de relatórios de resultados da companhia reforçando nosso compromisso quanto nossa Governança Corporativa. Com isso, informar o mercado de forma clara e objetiva é primordial para embasar o acionista na sua tomada de decisão reforçando a credibilidade da companhia junto ao mercado”, cita a vice-presidente financeira e de relações com investidores.
De acordo com ela, o principal aspecto que contribuiu para que a empresa recebesse o Troféu Transparência ANEFAC® é a preocupação em transmitir e informar, de forma clara e objetiva, informações relevantes ao mercado e aos usuários das demonstrações, com dados relacionados aos aspectos financeiros, setoriais e regulatórios dos negócios. “Outro fator importante, que acreditamos e nos preocupamos, é atender o nível de informações divulgadas sobre processos e políticas contábeis em compliance com as exigências regulatórias e práticas contábeis demandadas pelos CPC’s”, observa.
Comercialização de energia, eficiência energética e geração distribuída
A AES Tietê Energia dedica seus esforços e trabalha para ter uma plataforma diversificada de geração renovável, segundo a vice-presidente financeira e de relações com investidores, para se tornar uma empresa gestora de ativos de alta excelência, sempre visando a geração de valor aos seus acionistas. “Sua visão é ter o reconhecimento de seus clientes e acionistas como principal parceira de soluções inovadoras de energia de forma segura, sustentável, confiável e acessível”, explica.
“O histórico de construção e operação da AES em grandes empreendimentos de geração qualifica e dá o suporte necessário para a execução desta estratégia, que está em linha com as perspectivas tanto dos consumidores, cada vez mais exigentes e ativos, quanto dos acionistas da companhia, que requerem crescimento e retornos financeiros adequados”, cita Sadock. De modo a cumprir com esta estratégia, ela explica que AES Tietê Energia segue com três frentes de atuação:
- Foco no crescimento: por meio da aquisição de ativos em operação ou em fase final de desenvolvimento, que entrarão em operação no curto prazo, com baixo risco de construção.
- Estratégia comercial: foco na otimização da margem comercial do portfólio integrado em frente ao risco hidrológico.
- Inovação e novas tecnologias: estruturação de uma plataforma comercial integrada de produtos e soluções inovadoras de energia, atuando de ponta a ponta, com soluções de pronta entrega e sob medida para levar aos seus clientes uma oferta flexível e centrada nas suas necessidades.
A estratégia da AES Tietê envolve o desenvolvimento de diversos produtos e soluções que estão sendo customizados para cada perfil de cliente. Um exemplo é a geração de energia através de fazendas solares, nos modelos de geração distribuída e compartilhada. Ainda em linha com as fontes renováveis, a AES Tietê Energia foi pioneira na comercialização de I-RECs no Brasil, certificado global que comprova a geração de energia por meio de fontes renováveis, certificando seu uso, garantindo rastreabilidade, valorização e engajamento da marca do usuário com as causas ambientais.
Em paralelo, a companhia também tem se posicionado no mercado de armazenamento de energia por meio de baterias (Energy Storage). No último dia 23 de agosto, inaugurou o primeiro sistema de Energy Storage do Brasil conectado ao Sistema Interligado Nacional (SIN), na usina hidrelétrica de Bariri. Sadock aponta que com o aumento no uso de fontes cada vez mais intermitentes e sazonais, as soluções por meio de baterias permite o armazenamento da energia para uso futuro, conforme curva de consumo ou de preço, sem interrupção, e de forma segura, com respostas praticamente instantâneas.
A companhia prevê investir, aproximadamente, R$ 934,6 milhões no período de 2018 até 2022, principalmente, na construção dos novos parques solares e na modernização e manutenção das suas usinas. Os investimentos em inovação continuam sendo o foco da empresa, que busca constantemente as melhores práticas, seja por meio de desenvolvimento interno ou programas de aceleração de startups. “O objetivo é simples: criar soluções disruptivas e de fácil aplicação, capazes de agregar funcionalidades e facilitar a vida dos usuários”, cita a vice-presidente.
Investindo em Geração Distribuída, desde 2016, a AES oferece soluções energéticas integradas – combinando soluções de comercialização de energia, eficiência energética e geração distribuída -. Ao citar cases, ela mostra que no Einstein realizaram a modernização de 16,8 mil lâmpadas, instalação de uma planta fotovoltaica de 112kWp e substituição da central de bomba a vácuo. Nesse caso, a economia de energia é de 2.135 MWh ao ano e redução de demanda na ponta chega a 234 kW. Já em outro projeto, no Mackenzie, contempla o carport solar (estacionamento com cobertura de painéis fotovoltaicos), com potência instalada de 537 kWp, e a troca da iluminação de parte do campus Alphaville por lâmpadas LED. A combinação desses dois produtos poderá render uma redução anual de 11% nos custos.
Os parques Villa Lobos e Cândido Portinari, localizados na zona oeste da capital, a AES implantou uma usina de minigeração solar exclusiva para atender à demanda de energia. Foram instaladas 2.171 placas solares, com capacidade de geração de 550 kWp, o suficiente para abastecer 92% do consumo dos dois parques. Falando em megawatt-hora, a previsão de geração média de energia é de 665 MWh/ano.
Outro projeto de sucesso foi a parceria com o Governo do Estado de São Paulo, que teve a finalidade de incentivar o consumo eficiente de energia no Palácio dos Bandeirantes. Foi instalada uma pequena usina de geração de energia elétrica fotovoltaica, com 262 painéis solares, de 310 watts cada. Além disso, o sistema de iluminação foi modernizado. Juntas, as duas iniciativas devem proporcionar uma economia de 730 MWh por ano, o que equivale a um consumo médio de 243 casas.
“Fechamos também contrato de 10 anos com a Drogaria Araújo que contempla a locação de uma planta solar remota com potência estimada de 4,4 MWac, são mais de 16.000 módulos fotovoltaicos, geração média mensal de 930 MWh de energia limpa que alimentará a rede de distribuição da CEMIG. Os créditos atenderão inicialmente 145 unidades da Drogaria Araujo no Estado de Minas Gerais, todas de rua”, pondera Clarissa Sadock.
Ao falar sobre o futuro da geração solar fotovoltaica distribuída, ela destaca que é uma tecnologia que viabiliza a geração própria de energia mais próxima ao ponto de consumo e tem se mostrado uma forte tendência no setor varejista por garantir sustentabilidade e previsibilidade de custos. “A geração distribuída solar em 2017 cresceu 202% em capacidade instalada. Hoje, estamos com mais de 400 MW de capacidade instalada de geração distribuída Brasil. Deste total, 46,6% da capacidade instalada é comercial, por isso, vemos a grande aderência ao varejo, sendo 29,7% residencial”, evidencia.
Segundo a AES Tietê, as atualizações na regulação (REN 687/15), em vigor no início de 2016, possibilitaram novos modelos de negócio, as modalidades que mais cresceram em 2017 foram geração compartilhada e autoconsumo remoto, com 1163% e 161% respectivamente.
A AES Tietê lançou também o modelo de negócio de Geração Solar Compartilhada, uma opção perfeita tanto para o pequeno quanto o médio varejista, uma solução customizada no qual fazendas solares geram energia para várias unidades de diferentes titularidades em um consórcio ou cooperativa, garantindo previsibilidade e redução de custos. A empresa também desenvolve projetos em eficiência energética que é um conceito bastante amplo e envolve desde a contratação da energia a ser empregada, alocação de máquinas/equipamentos eficientes e a aplicação (utilização) da energia também de forma otimizada.
Desde 2016, a companhia implementou uma estratégia dinâmica e ativa de curto, médio e longo prazo, para a mitigação do risco hidrológico. É realizada a gestão do portfólio com monitoramento constante das exposições mensais, buscando oportunidades comerciais para gerar valor à empresa. Adicionalmente, a estratégia da AES Tietê Energia consiste em buscar uma composição de contratação para a melhor gestão do risco hidrológico e melhores preços de contratos no ambiente livre.
Nos resultados mais recentes (2ºTRI18), a empresa aumentou significativamente o nível de contratação de médio prazo no portfólio, acrescentando 426 MWm de energia contratada, com entrega entre 2020 e 2022. Atualmente, o nível de contratação da AES Tietê é de 80%, 80%, 78%, 49% e 38% para os anos de 2018 a 2022.