Parte desse processo também é capacitar o time ou buscar pessoas com perfil mais analítico, ou seja, focar em colaboradores que geram insights a partir da análise dos dados
O ano de 2021 com certeza está exigindo mais dos CFOs, que estão em modo de recuperação após quedas de receita causadas pela Covid-19. Na agenda, temas como dívidas e suas renegociações, fluxo de caixa, refinamento dos modelos de cobrança, recebimento e prazos de pagamentos tomam conta. A discussão ficou mais intensa principalmente na tesouraria, com o objetivo de encurtar os ciclos financeiros.
Outra discussão importante é a do planejamento de caixa, para entender realmente até que momento o capital vai durar. Por isso, também entra em pauta novas fontes de financiamento, principalmente pelo governo ou por meio de fundos, crédito e novos sócios. E até mesmo procurar dentro da empresa oportunidades de como se tornar mais eficiente.
O papel das tecnologias e ferramentas financeiras
Segundo a Gartner, em sua pesquisa CFO Survey, de novembro de 2020, 82% dos CFOs esperam passar mais tempo em tecnologias de análise avançada de dados e ferramentas financeiras. Nesse sentido, os CFOs precisam sair das planilhas de alguma maneira, porque na hora que necessitam de precisão, elas acabam trazendo várias fragilidades metodológicas, na confiabilidade e na base de informação. Então é natural que haja essa migração para ferramentas específicas, deixando para trás soluções mais genéricas.
Análise de ciclo financeiro, crédito e modelagem financeira, todos esses aprofundamentos são conquistados por meio do uso dessas ferramentas de nicho, e daí o crescimento da procura, para conseguir mais assertividade.
Também, com a pandemia e isolamento, as equipes foram forçadas a pensar em alternativas de trabalho remoto e colaborativo, on-line, e com certeza as planilhas não se mostraram necessariamente as mais eficientes. Mais um dos motivos para as plataformas SaaS se beneficiarem dessa nova conjuntura.
Portanto, na medida em que você migra de atividades operacionais – aqueles nos quais o analista gasta mais tempo fazendo operações do que analisando os dados – para soluções que entregam tudo pronto, ganha-se tempo para análises.
Parte desse processo também é capacitar o time ou buscar pessoas com perfil mais analítico, ou seja, focar em colaboradores que geram insights a partir da análise dos dados. Assim, ao estimular essa mentalidade, a empresa tem mais chances de reter e desenvolver talentos, algo muito importante para o time, ainda mais em um ano incerto como o de 2021.
Vale lembrar que, em um contexto no qual a segurança de dados é um dos temas mais importantes na agenda do CFO, engana-se quem acha que uma solução SaaS oferece mais riscos de exposição do que uma rotina de envio e compartilhamento de planilhas por e-mail, por exemplo. Esses softwares muitas vezes oferecem sistemas de segurança complexos, criptografia de dados, registros e monitoramento de acessos e modificações, entre outras medidas. Já o manuseio de planilhas, oferece riscos de extravio e corrompimento dos arquivos, além da dificuldade em manter um controle sobre as modificações e versões.
Depois de escrever tanto sobre precisão, segurança e confiabilidade de informações, preciso ressaltar que a importância de uma contabilidade e planejamento financeiro mais analíticos é apenas parte do que espera o CFO em 2021. Nós no Accountfy acabamos de lançar um material que reúne outras perspectivas de diferentes pesquisas. O material é gratuito e pode ser baixado aqui.
Artigo escrito por Goldwasser Neto, que é cofundador e CEO do Accountfy.