Rápida tomada de decisões, convergência de mapas estratégicos e ferramentas e mais tempo livre para os executivos da área estão entre os benefícios dessa relação
Por Gary Cokins, CPIM * (Tradução livre: Marcus Beszile)
O termo Indústria 4.0 refere-se à quarta revolução industrial. As primeiras três revoluções foram provocadas por (1) o motor a vapor e a roda d’água; (2) a energia elétrica e o motor de combustão interna movido a gás; e (3) pela tecnologia da informação, incluindo a internet. A quarta revolução, por sua vez, envolve avanços na comunicação e na conectividade, e não na tecnologia.
Como a contabilidade gerencial apoiará a Indústria 4.0? Analisemos as possibilidades a seguir:
Métodos de Gerenciamento do Desempenho Corporativo e Empresarial (EPM/CPM) – Os fornecedores de softwares EPM/CPM agora facilitam a integração dos mapas estratégicos e seus associados balance scorecards com KPIs para executar a estratégia da companhia; fornecem relatórios e anàlises precisas sobre produtos, linhas de serviços, canais de distribuição e lucratividade por cliente, inclusive, fazendo análises de custo (ABC); direcionadores baseados em budgets e financial forecasts; gestão de qualidade; e gerenciamento de riscos corporativos (ERM). Esta integração traz conectividade em tempo real entre relatórios de resultados e as operações, monitorando o desempenho, planejando e tomando decisões.
Advanced Business Analytics – Os métodos EPM/CPM podem ser aprimorados com análises avançadas, incluindo: correlação, regressão, segmentação e clustering. Coletivamente essas técnicas fornecem insights para gerentes obterem entendimento sobre o que aconteceu, porque acontece e o que poderá acontecer. Além de facilitar análises de cenários hipotéticos para determinar quais são as melhores decisões entre as alternativas disponíveis.
Inteligência Artificial (AI) e Robotic Process Automation (RPA) – A automação vai gerar mais tempo livre aos contadores gerenciais para realizar trabalhos de maior valor agregado, incluindo o suporte as funções de: operações, marketing, vendas, gerenciamento da cadeia de suprimentos para melhorar o desempenho.
Financial Planning and Analysis (FP&A) – Com melhores dados disponíveis pode-se, rapidamente, converter dados transacionais em informações, para fornecer a percepção necessária para melhorar as decisões.
Modeling – Relacionado com o FP&A está a aplicação dos modelos. Esses modelos representam a realidade física.
Visualização – A prática de reportar números empilhados em planilhas está sendo substituída por técnicas de visualização gráfica. Que vão para além de gráficos de pizza e histogramas. Alguns são tridimensionais, outros usam “cursores deslizantes”, onde, por exemplo, pode-se aumentar ou diminuir a linha do volume de vendas e, automaticamente, apresentar o impacto gráfico na linha de lucro.
Controle Operacional – Com feedback quase em tempo real através de sensores, contadores gerenciais podem reagir mais, rapidamente, as variações de desvios em relação aos resultados esperados. Eles também podem ser proativos, reconhecer e resolver pequenos problemas antes que se tornem grandes problemas. Eles podem executar mais, rapidamente, as análises das causas e determinar as origens dos problemas. Eles podem reconhecer oportunidades que não poderiam ser vistas sem uma melhor informação.
Detecção de Fraudes – Embora a auditoria e a detecção de fraudes sejam de responsabilidade dos colegas contadores financeiros do que dos contadores gerenciais, haverá mais oportunidades para os dois tipos de contadores colaborarem. Com o poder maciço da computação, as auditorias não precisarão mais de amostras, mas podem ser 100% monitoradas para identificar anomalias e outliers, especialmente aquelas suspeitas, que podem envolver atividades fraudulentas e ilegais.
Dispositivos móveis – Com smartphones e tablets os contadores gerenciais podem comunicar seus relatos, rapidamente, aos gerentes de campo. Podem incluir alertas que sinalizam um problema de controle.
A Indústria 4.0 está acelerando. Cria oportunidades para os contadores evoluírem de contadores de feijão para produtores de feijão para suas organizações.
*Sobre o Autor
Gary Cokins é um reconhecido palestrante e autor internacional, expert em métodos de melhoria de gerenciamento de desempenho empresarial e corporativo e análise de negócios. Ele é o fundador da Analytics-Based Performance Management, uma empresa de consultoria localizada em Cary, Carolina do Norte. Formou-se com honras em Engenharia Industrial na Universidade de Cornell em 1971. Completou seu MBA também com honras pela Kellogg School of Management da Northwestern University em 1974.
Cokins começou sua carreira como planner estratégico na Divisão Link-Belt da FMC e depois atuou como Controller Financeiro e Gerente de Operações. Em 1981, iniciou sua carreira em consultoria de gestão, atuando, primeiro, com a Deloitte e, em seguida, em 1988, com a KPMG. Em 1992, chefiou os Serviços de Consultoria de Gerenciamento de Custos Nacionais para Sistemas de Dados Eletrônicos (EDS), agora parte da HP. De 1997 a 2013, Gary foi consultor principal da SAS, fornecedora líder de software de análise de negócios.
Seus dois livros mais recentes são o Gerenciamento de desempenho: integração de execução de estratégia, metodologias, risco e análise e Análise preditiva de negócios.
…………………
Management Accounting’s Integration with Industry 4.0
The term Industry 4.0 refers to the fourth industrial revolution. The first three revolutions were (1) the steam engine and water wheel; (2) electric power and the gas driven internal combustion engine; and (3) information technology including the internet. This evolving fourth revolution involves advances in communication and connectivity rather than technology.
How will management accounting support Industry 4.0?
Corporate and Enterprise Performance Management (EPM/CPM) Methods – The EPM/CPM software vendors now facilitate the seamless integration of strategy maps and its associated balanced scorecard with KPIs for strategy execution; accurate product, service-line, channel, and customer profitability reporting and analysis with activity-based costing (ABC); driver-based budgeting and rolling financial forecasts; lean and quality management; and enterprise risk management (ERM). This integration brings real time connectivity between reporting results and outcomes, performance monitoring, planning, and decision making.
Advanced Business Analytics – Each of the EPM/CPM methods just mentioned can be enhanced with advanced analytics including correlation, regression, segmentation, association, and clustering analysis. Collectively these analytical techniques provide insights to managers and employee teams to answer what happened, why did it happen, and what can happen. They facilitate what-if scenario analysis to determine what are the best decisions among alternative ones.
Artificial Intelligence (AI) and Robotic Process Automation (RPA) – Many are fearful that AI and RPI will have computers replace employee jobs. This will be true to a certain extent. And employees must prepare themselves by learning new skills so they can contribute with more value-adding work compared to tedious and mundane processing of invoices and payroll transactions. However, on the brighter and positive side automation will free up management accountants’ time to perform higher value-adding work including supporting their line functions (operations, marketing, selling, supply chain management) to improve their performance.
Financial Planning and Analysis (FP&A) – With more, better, and faster data available management accountants can convert transactional data into information to provide the insight needed to improve decisions.
Modeling – Related to FP&A is the application of models. Models are representations of physical reality.
Visualization – The practice of reporting racked-and-stacked numbers in spreadsheets is being replaced with graphical visualization techniques. These go beyond pie-charts and histograms. Some are three-dimensional. Some use “cursor sliders” where, for example, increasing or decreasing sales volume line in a graph automatically displays the dependent impact on the profit line. Your mother told you as a child that “Looks are not everything.” She lied! They matter.
Operational Control – With near real-time feedback including sensors management accountants can more quickly react to variances and deviations from expected results. They can also be proactive and recognize and address small problems before they become big problems. They can more quickly perform root-cause analysis to determine the sources of problems. They can recognize opportunities that could not be seen without the better information.
Fraud detection – Although auditing and fraud detection is typically the responsibility of the financial accountant colleagues of management accountants, there will be more opportunity for both types of accountants to collaborate. With massive computing power audits will no longer need samples but can be 100% monitoring to identify anomalies and outliers, especially suspicious ones that may involve fraud and illegal activities.
Mobile devices – With hand-held smart phones and tablets management accountants can quickly communicate what they report to managers in the field. These can include alerts that signal a control problem.
Industry 4.0 is accelerating. It creates opportunities for management accountants to evolve from bean counters to bean growers for their organizations.
ABOUT THE AUTHOR / SPEAKER
Gary Cokins is an internationally recognized expert, speaker, and author in enterprise and corporate performance management improvement methods and business analytics. He is the founder of Analytics-Based Performance Management, an advisory firm located in Cary, North Carolina at www.garycokins.com . Gary received a BS degree with honors in Industrial Engineering/Operations Research from Cornell University in 1971. He received his MBA with honors from Northwestern University’s Kellogg School of Management in 1974.
Gary began his career as a strategic planner with FMC’s Link-Belt Division and then served as Financial Controller and Operations Manager. In 1981 Gary began his management consulting career first with Deloitte consulting, and then in 1988 with KPMG consulting. In 1992 Gary headed the National Cost Management Consulting Services for Electronic Data Systems (EDS) now part of HP. From 1997 until 2013 Gary was a Principal Consultant with SAS, a leading provider of business analytics software.
His two most recent books are Performance Management: Integrating Strategy Execution, Methodologies, Risk, and Analytics, and Predictive Business Analytics. His books are published by John Wiley & Sons.
gcokins@garycokins.com; phone 919 720 2718
www.garycokins.com
www.linkedin.com/in/garycokins