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O crescimento e o avanço tecnológico, digital e industrial são exponenciais no Brasil e no mundo, fazendo com que as informações cheguem às pessoas de forma muito rápida. Na visão de Abel Demetrio, diretor financeiro e de Relações com Investidores, o Relatório de Administração e as demonstrações financeiras são veículos de divulgação, por isso devem ser de fácil compreensão, não só pelos acionistas, mas também pela sociedade. “As empresas precisam estar cada vez mais conectadas com seus clientes, com respostas mais rápidas e num contexto em que precise demonstrar, além de eficiência, o seu compromisso com a coletividade, linkadas com o tema ESG e do desenvolvimento sustentável”, explica.
Receber o Troféu Transparência, premiação de ampla credibilidade no mercado, significa para a companhia que ela está divulgando essas demonstrações financeiras de forma amigável ao leitor, clara, objetiva e tempestiva, permitindo a compreensão das informações pelas partes interessadas. Nestes 25 anos, todos os Prêmios conquistados tiveram a sua marca e deixaram um registro importante à Sanepar, mas o atual é o mais impactante, considerando os desafios enfrentados ao longo de 2020 como a pandemia de Covid-19 e a crise hídrica. A atual conquista, por ser no 25º ano, também remete a algo especial.
Com relação à importância da premiação, o mercado está atento a quem se destaca, e as empresas com níveis mais altos de governança e com boas práticas contábeis têm maior valorização das ações negociadas no mercado financeiro. Toda a repercussão trazida na mídia e no mercado em geral demonstram o interesse, não só na premiação em si, mas em saber que são referência em suas divulgações.
A transparência vem se intensificando nos últimos anos principalmente pela evolução e edição de novas normas contábeis por órgãos reguladores, que de acordo com Demetrio, simplificaram e padronizaram procedimentos em nível mundial. “A partir de 2010, o Brasil adotou plenamente as normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standards), trazendo melhoria significativa na elaboração e no reporte das demonstrações financeiras. As informações precisam reportar com credibilidade o que são os negócios, de forma completa, para que o leitor das informações possa formar a sua opinião sobre os dados divulgados”, avalia.
Para a Sanepar, cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar as melhores práticas de governança são, na verdade, fatores que ajudam no balanço. Negócios comprometidos com as melhores práticas de gestão acabam tendo uma operação mais sustentável em diversos aspectos, incluindo o econômico e na gestão de riscos e, como consequência, geram resultados melhores ao longo do tempo. Mas para isso, é preciso ter as informações organizadas e rastreáveis nos sistemas corporativos para uma divulgação transparente ao mercado.
Mudanças climáticas podem ditar futuro da água
Manter a população com 100% de abastecimento com água e continuar na busca pela universalização de coleta e tratamento de esgoto são os planos da Sanepar para os próximos anos. Atualmente, o índice de atendimento com rede coletora de esgoto é de 77,4% nas áreas urbanas de atuação, e a nova legislação do setor prevê o atendimento de 90% até o ano de 2033.
E, ainda, se adequar às novas exigências trazidas pela lei 14.026/2020, que atualizou o marco legal do saneamento básico, bem como buscar continuamente investimentos visando a universalização, manter as medidas de combate à pandemia, superar a crise hídrica e enfrentar um cenário econômico mais desafiador.
O futuro promete ser desafiador por dois motivos, para a Sanepar. Em primeiro por causa da decorrência das alterações climáticas que podem trazer um novo cenário em relação ao clima, com secas mais recorrentes e mais severas, como o que está ocorrendo atualmente no estado do Paraná, principalmente em Curitiba e Região Metropolitana.
Em segundo, a Lei 14.026/2020 que trouxe uma série de mudanças no setor do saneamento básico, entre as quais se destacam os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico com definição de metas de universalização que garantam o atendimento de 99% da população com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos até 31 de dezembro de 2033.