Testemunhei, à distância, mas igualmente emocionado, uma equipe que se abraçava e comemorava a ponto de alguns chorarem com a premiação destaque
Fiz a exposição da ideia de criação do Prêmio ANEFAC – FIPECAFI ao então presidente da ANEFAC, que deu todo apoio e sinal verde para conversar com o professor Ariovaldo dos Santos, da FIPECAFI, que foi receptivo à ideia. Hoje me ocorre que, naquele momento, poderia haver alguma incerteza, já que ele nem exclamou: Vai Corinthians!
A busca por patrocínio (Bovespa) e os recursos eram poucos. A 1ª edição foi limitada as empresas sediadas no estado de São Paulo. O pequeno evento foi realizado no restaurante do Circolo Italiano, no 1º andar do Edifício Itália, e o 1º destaque entregue à Klabin Papel e Celulose.
Naquela ocasião e, nos primeiros anos subsequentes, intui que o Prêmio realmente seria importante e reconhecido, quando vi os principais executivos das empresas indo pessoalmente recebê-lo. Hoje, isso é uma realidade.
Cada ano é mais do que uma festa. É uma vitória! É, sem falsa modéstia, a materialização de uma proposta. Se há 25 anos a ANEFAC e a FIPECAFI acreditaram ser possível brotar em solo fértil uma simples ideia, hoje percebemos que há uma árvore frondosa distribuindo seus frutos na forma de Prêmio àquelas empresas que atendem as Normas Brasileiras de Contabilidade e publicam demonstrações financeiras de qualidade.
Diversas lembranças afloram ao longo desses 25 anos. No quarto ano, dez outdoors divulgaram o Prêmio em diversos pontos da cidade de São Paulo, divulgação que não teria sido possível sem a intervenção de nossa querida Mirian Garrido. Naquele ano, discursando para a plateia presente – não muito grande -, comparativamente as últimas edições, o professor Eliseu Martins mencionou que nem nos nossos melhores sonhos pensaríamos em tal divulgação.
O patrocínio da Serasa foi fator decisivo à continuidade do Prêmio. Graças a eles pudemos alcançar novos patamares na celebração do evento, acolhendo muito mais pessoas de alguma forma relacionada à premiação.
Como diria o cantor: são tantas as emoções. Uma delas, no entanto, marcou mais do que outras. Não lembro em qual ano ocorreu, a Sabesp vinha participando da premiação, senão em todas, na maioria das edições, até então, quando, finalmente, foi escolhida como a demonstração destaque, testemunhei, à distância, mas igualmente emocionado, uma equipe que se abraçava e comemorava a ponto de alguns chorarem. Naquele ano e momento tive a certeza de que tínhamos uma ideia igualmente vencedora.
Por último, me vem a sensação de que se após 25 anos – bodas de prata – o Prêmio continua existindo, é porque muita gente trabalhou por ele e esse esforço, ainda que muitas vezes anônimo, não pode ser esquecido.
Meus mais sinceros agradecimentos aos professores da USP, dos quais um dia tive a honra de ser aluno, que orientaram 25 gerações de estudantes do mestrado e do doutorado em Contabilidade e Controladoria. E, particularmente, aos professores Ariovaldo dos Santos, Eliseu Martins e Bruno Salotti.
Agradeço aos alunos componentes dessas 25 gerações que despenderam horas de estudo, analisando e classificando centenas de demonstrações. Aos diversos presidentes, diretores e funcionários da ANEFAC, que se envolveram diretamente com a Premiação. Felizmente, não preciso mencionar nenhum em particular, posto que todos se envolveram com igual compromisso e competência. A todos, minha eterna gratidão.
Álvaro Ricardino, idealizador do Troféu Transparência
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Como é bom ver os profissionais da área de contabilidade e das demais se juntarem para obtenção de um objetivo comum
Estou desde o início do Prêmio. Fui procurado pelo Álvaro Ricardino, à época, nosso aluno de mestrado e diretor da ANEFAC, que apresentou o seguinte argumento: vocês fazem a revista Melhores e Maiores e indicam as empresas sob o ponto de vista de desempenho econômico-financeiro, porque não premiar as que se preocupam em divulgar boas informações.
Minha reação imediata foi de aceitação da ideia, mas ponderei que isso precisaria representar uma parceria entre a ANEFAC e a FIPECAFI. Imediatamente, levei a ideia à diretoria, que prontamente aceitou. No primeiro ano fizemos o Prêmio apenas com empresas que publicaram suas demonstrações no estado de São Paulo. Esse cuidado foi tomado por não sabermos exatamente o tamanho do trabalho que estávamos assumindo.
A partir daí os nossos alunos de duas disciplinas do mestrado e doutorado da FEA/USP, uma delas ministrada pelo professor Eliseu Martins e outra por mim, se tornaram os verdadeiros pilares do Prêmio.
Depois de 25 anos, não tenho dúvidas que foram muitos os momentos especiais. Nesse tipo de Premiação é sempre importante saber de que ponto de vista se está falando. Por exemplo, do lado dos alunos. Vi e ouvi em muitas oportunidades, verdadeiras consagrações. Para alguns era uma absoluta novidade, pois não exigimos em nosso curso que o aluno seja formado em Ciências Contábeis.
Então, alguém com formação em áreas não afins, engenharia, estatística, matemática etc., era “convidado” a ler diversas demonstrações contábeis em seus mínimos detalhes. O resultado é que alguns deles sentiam-se extasiados. Mas, o legal é que esse estado de espírito também era comum entre aqueles que já tinham passado por um curso de ciências contábeis, afinal não se pode esquecer que, infelizmente, por total culpa nossa, a leitura delas não é algo que possa ser considerada como atrativa.
Como em todos esses anos conseguimos manter os nomes das principais premiadas em total sigilo (realmente um Oscar) as reações nos momentos em que é divulgada a ganhadora são sempre muito marcantes. As comemorações ao longo de todos esses anos eram sempre muito motivadoras para que não parássemos.
Os discursos dos representantes das ganhadoras vieram sempre com muito orgulho e extrema emoção, e essa é a maior prova do alcance do Prêmio ANEFAC – FIPECAFI. Como é bom ver os profissionais da área de contabilidade e das demais se juntarem para obtenção de um objetivo comum.
Ariovaldo dos Santos, membro da comissão julgadora do Troféu Transparência
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O Prêmio com certeza teve (e tem) um papel importante na evolução das demonstrações contábeis
Estou no processo desde o seu nascimento, quando o Álvaro Ricardino, então diretor da ANEFAC e nosso aluno na FEA/USP, nos procurou e nos motivou a todos de início. Topamos o trabalho e o risco. Aplausos a essa ideia diferente: premiar a qualidade da transparência, e não o desempenho das empresas (obviamente importante, mas executado por vários órgãos – a própria FIPECAFI tem um projeto desses há anos).
Estive participando ininterruptamente durante esse tempo todo. Só levei um susto quando me dei conta de que já se passaram 25 anos. Que incrível! Está na hora de ser substituído pelos mais jovens.
Esse Prêmio com certeza teve (e tem) um papel importante na evolução das demonstrações contábeis, ajudado, é claro, pela adoção das normas internacionais da contabilidade em 2010 e a emissão da OCPC 07 – Evidenciação na Divulgação dos Relatórios Contábil-Financeiros em 2014.
A maior prova disso é a disputa entre as empresas e o orgulho com que vemos seus executivos, mesmo não da área contábil – muitos CEOs -, mencionando e divulgando suas premiações. Logo, é reconhecida de dentro. Mas o importante é que tem ajudado a evoluir o ensino da contabilidade. Os alunos aprendem desenvolvendo a parte inicial da análise sob a batuta do professor Ariovaldo dos Santos.
Como tudo na vida, sempre há o que melhorar e ampliar. Talvez aplicar a outros segmentos financeiros não participantes hoje (bancos, seguradoras etc.). Melhorar com um outro projeto complementar: relatar publicamente os pontos de melhoria que os avaliadores acham que deveriam ser introduzidos e comentar sobre eventuais inobservâncias da OCPC 07, tudo, é claro, sem nominar ninguém. Ou, ainda, se pudesse passar a uma nova fase, mais propositiva: a participar do processo de indicação de detectar e evidenciar o que for relevante.
Eliseu Martins, membro da comissão julgadora do Troféu Transparência
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O Prêmio durou todo este tempo porque é resultado de um trabalho sério, embasado e com critérios
A minha gestão vivenciou dois momentos totalmente diferentes. O primeiro ano do mandato, 2019, foi de glamour, a celebração de todos as ganhadoras, num evento cuidadosamente elaborado e preparado para este fim, foi o último antes da pandemia.
A convivência e inteiração, com as ganhadoras e convidados, é o que todos os envolvidos na organização esperam e, que, realizamos com êxito. Contamos com a presença do professor Ariovaldo dos Santos, da FIPECAFI, e do Álvaro Ricardinho, que começou esta jornada há 25 anos. Foi o primeiro ano do podcast ANEFAC, na época, realizado em conjunto com a Rádio Band.
Já em 2020, tudo era novidade e incerteza, não tínhamos ideia até quando a pandemia duraria. Pensar que estaríamos em setembro de 2021 ainda vivenciando era totalmente imaginável. Mas na época, não sabíamos o que aconteceria na próxima semana.
Trabalhamos com criatividade e cuidado aos nossos associados desde o início da organização, visitas as ganhadoras até a realização. As oscilações eram frequentes. Mudamos o formato há uma semana do evento, que estava previsto para ser presencial para remoto.
E, mais uma vez, como resultado do trabalho da ANEFAC, inovamos porque permitimos que pessoas, que habitualmente não participavam, pudessem celebrar com as ganhadoras, conhecer o formato do evento e como as coisas aconteciam.
Como é uma celebração, todos os momentos devem ser relembrados. Mas eu gostaria de destacar dois: resultado da criatividade da sede, criamos um ranking das empresas que mais ganharam nos 23 anos (2019) e os contadores mais premiados nos últimos 10 anos (base 2019). Na época, a mais premiada foi a Sabesp e o Marcelo Malta, da Engie, todos ficaram muito felizes com o reconhecimento. E, por fim, todos, sem exceção que participaram da celebração virtual de 2020.
A vontade que o evento ocorresse, em participar, a humildade em ignorar pequenos erros que acontecem numa transmissão on-line e ao vivo, resultaram num evento que todos guardarão em suas memórias, e no mesmo padrão de todos os realizados, ao longo destes anos.
Transparência é um caminho sem volta. As pessoas, a sociedade e as organizações não toleram a falta dela. O Prêmio durou todo este tempo porque é resultado de um trabalho sério, embasado, com critérios, e que tem pelo menos dois resultados extremamente positivos: compartilhar com a sociedade quais são estas empresas e interna e externamente quais são os profissionais, que representam suas equipes, e que trabalharam para isso.
Milton Toledo, presidente nacional da ANEFAC em 2019 e 2020
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É a coroação de um trabalho bem-feito, em equipe e de muito comprometimento
Minha gestão foi no biênio 2017 e 2018. Visitei algumas empresas ganhadoras e entreguei em mãos o Prêmio. Percebi o quanto elas e os seus respectivos profissionais valorizam a premiação. É a coroação de um trabalho bem-feito, em equipe e de muito comprometimento.
Na noite dos respetivos eventos acompanhei de perto a alegria, a euforia e a felicidade das empresas destaques dentre as ganhadoras (2017: Riachuelo e Sabesp e em 2018: Sanepar e EDP). Presenciar e participar diretamente desses momentos para mim foi muito gratificante.
A premiação é a ponta de tudo. Tive o prazer de participar de todo esse processo lá em 2008 como aluno do doutorado na FEA-USP, nas disciplinas dos professores Eliseu Martins e Ariovaldo dos Santos. Na época analisei algumas selecionadas. Mais tarde, em 2017, quando do 1º ano de minha gestão, estaria entregando o Prêmio para as ganhadoras. Você vê o resultado do trabalho feito lá na sala de aula. Da uma visão do ciclo todo.
Agora, um momento que me deixou bastante emocionado foi homenagear em 2018 no palco o professor Sérgio de Iudicibus pela sua contribuição para a contabilidade. Ele foi meu orientador no mestrado. Tenho nele uma referência de professor, líder e, principalmente, de uma pessoa humana. Homenageá-lo perante um público e em pleno Troféu Transparência foi um momento realmente para ficar na história e que será eternizado em minha memória. Isso não tem preço!
Essa premiação é importante por se tratar do “Oscar da Contabilidade”. Ou seja, todas as empresas que se preocupam com a transparência das informações de suas demonstrações contábeis almejam um dia serem premiadas. Isso valoriza não só ela, mas seus profissionais da contabilidade e áreas afins. Além do que, a premiação acaba sendo um selo de qualidade perante a auditoria, mercado e sociedade de um modo geral.
Edmir Lopes de Carvalho, presidente da ANEFAC de 2017 a 2018
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O que mais ficou marcado foi a capacidade do Prêmio de estimular as empresas ganhadoras a continuarem sendo reconhecidas nos anos subsequentes
O Troféu Transparência sempre foi marcante para qualquer presidente. É um momento muito importante onde a gestão da entidade tem de estar preparada e estruturada com um bom planejamento para que o evento aconteça de forma brilhante e as empresas possam ser devidamente homenageadas e reconhecidas pela sociedade em geral.
Na época de minha presidência, estávamos passando por uma crise política no país, o que afetou igualmente a economia brasileira e, de alguma forma, a credibilidade das instituições. Então, a transparência e a premiação foram significativas para o momento, demonstrando que o processo de comunicação com a sociedade e de prestação de contas de forma clara e objetiva era um instrumento mais do que necessário. O Troféu Transparência reforçou sua importância para as empresas, em face ao momento, e ao desafio imposto pelo ambiente político e econômico vivenciado.
Antes de ser presidente, atuei diretamente na diretoria que cuidava da Premiação. Ao longo dos anos, o que mais ficou marcado para mim foi a capacidade do Prêmio de estimular as empresas ganhadoras a continuarem sendo reconhecidas nos anos subsequentes. A maioria se autoestimulava a trabalhar a finco para que sempre estivem na lista das premiadas. Esta capacidade do Prêmio, de estimular cada vez mais a se superarem, é algo que ficou marcado para mim.
A transparência é um axioma. A prestação de contas clara e objetiva agrega valor à empresa.
Antonio Carlos Machado, presidente da ANEFAC de 2015 a 2016
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Prêmio permite atualização técnica permanente
O intenso relacionamento da equipe e diretoria da ANEFAC com os profissionais das empresas, desde a divulgação das ganhadoras, com destaque para as visitas e culminando com a organização do evento de premiação. A cobertura pela imprensa também sempre foi um ponto forte.
Destaco a relevância do Prêmio pela participação e presença nos eventos dos diretores das empresas ganhadoras e dos seus presidentes, sem contar o grande orgulho dos respectivos profissionais de contabilidade que, com certeza, registraram os momentos com destaque em suas carreiras.
Para acompanhar as alterações relacionadas aos assuntos contábeis, a atualização técnica permanente aos profissionais garantirá sempre reconhecimentos a eles e às empresas.
Amador Alonso Rodriguez, presidente da ANEFAC de 2013 a 2014
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Os representantes comemoravam e torciam como uma final de copa do mundo
O evento presencial, que valorizamos nos tempos de pandemia, era muito esperado e grandioso, com a participação de aproximadamente 500 pessoas, incluindo os representantes das empresas e do mercado. Era um momento de encontro dos principais profissionais da área e tinha uma disputa dos convites para a premiação do “Óscar”. Muitos presidentes representando as ganhadoras mais o time principal da área de finanças e contabilidade.
As visitas prévias, nas empresas para a comunicação que tinham sido premiadas, eram via de regra com os presidentes ou com o principal executivo de finanças, demonstrando a importância da premiação e da ANEFAC.
Havia uma disputa para entrar no rol das premiadas. A entidade era consultada sobre como deveriam fazer para ganhar, mas não havia essa trilha, pois, a parte técnica sempre foi de responsabilidade da FIPECAFI com total independência. Sabíamos que algumas contratavam consultorias para estudar as demonstrações financeiras das premiadas para um benchmarking do próximo ano.
A disputa para ser o destaque era curioso. Os representantes comemoravam e torciam como uma final de copa do mundo. O destaque era muito desejado e coroava o reconhecimento da transparência.
Alguns executivos falavam que a premiação ajudava na obtenção de recursos e com condições melhores junto a instituições financeiras, pelo reconhecimento do mercado da transparência da empresa.
João Carlos Castilho Garcia, presidente da ANEFAC de 2011 a 2012
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Um marco na história das empresas
O Troféu Transparência representa um marco importante na história das grandes empresas do país e de sua relação com as partes interessadas, ou seja, acionistas, instituições financeiras, mercado de capitais, clientes, fornecedores e colaboradores. A premiação colaborou para que elas se aprimorassem em suas demonstrações visando, como o próprio nome do Troféu diz, ser mais transparente e permitindo uma melhor avaliação pelas partes interessadas. E, há que se observar que ao longo do tempo também houve um aprimoramento da própria análise para a premiação, acompanhando a evolução da regulação e dos requerimentos decorrentes.
A Premiação é amplamente reconhecida pelo mercado por ser realizada de forma técnica bastante competente e não ter uma inscrição, as empresas participam simplesmente por terem suas demonstrações publicadas. Sua criação há 25 anos representa um ineditismo da ANEFAC, em uma época que pouco se falava sobre aprimorar as demonstrações de modo a refletir com mais transparência os negócios das empresas.
Na minha gestão como presidente fiz questão de ressaltar este pioneirismo e em especial resgatar quem foi o idealizador do Prêmio, o professor Álvaro Ricardino, sendo ele homenageado na cerimônia.
Olhando para o futuro, ainda vejo um caminho grande a ser traçado com relação a uma maior transparência, ampliando o conceito para empresas menores, não só para as grandes. Mais transparência representa maior valor, acesso a crédito melhor e maior e melhor imagem para clientes, fornecedores e colaboradores. São muitos os benefícios e é preciso buscar uma forma de levar este conceito para uma outra faixa de empresas.
Andrew Frank Storfer, presidente da ANEFAC em 2010
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Uma premiação que comprova seu título com coerência
Com o Troféu Transparência, inovamos em 2008 o critério utilizado desde 2004, passando a definir um valor, acima ou inferior a cinco 5 bilhões de reais, e premiando 20 empresas, anteriormente eram 15 sem a definição de valores. Naquele ano, no país tivemos sérios problemas na economia mundial e até apagão (4 horas em 18 estados).
Durante meu mandato, chamaram a atenção a grave crise econômica americana em 2008, com repercussão mundial, a eleição do presidente Barak Obama, que em 2009 ganhou o Prêmio Nobel da Paz, a escolha do Brasil para sediar a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016 e até o uso de máscaras devido a Gripe A, que no mundo totalizou ao redor de 7 mil vítimas, e no Brasil 1,6, nada significativo considerando a pandemia que estamos enfrentando.
Uma premiação que, o comprova seu título, busca a transparência aliada às melhores técnicas, práticas de comunicação nas divulgações das demonstrações financeiras publicadas em nosso país e que mantém sua não exigência de qualquer inscrição coerentemente na sua regulação desde seu início, com atualizações unicamente nas categorias de empresas e valores de faturamento, atendendo os devidos momentos.
Carlos Roberto Matavelli, presidente da ANEFAC de 2008 a 2009
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Selo de qualidade desejável
Durante a minha gestão, ocorreu a 10ª edição do Troféu Transparência, destacando a evolução das demonstrações financeiras cada vez mais. Uma das novidades foi a realização de um seminário em comemoração aos 10 anos de existência do Prêmio, onde participaram várias empresas ganhadoras inclusive dos anos anteriores. Procuramos mostrar a evolução das demonstrações financeiras desde o início da premiação.
Outro fato importante foi a publicação de um caderno especial no jornal Valor Econômico com as ganhadoras daquele ano, trazendo pontos extremamente importante sobre as DFs. Isso trouxe uma grande repercussão e foi importante para divulgar as empresas. E, ainda, ao longo desses anos, outra ação importante foi a divulgação das ganhadoras junto a Rádio Bandeirantes com abrangência nacional.
É o selo de qualidade desejável. O Prêmio tem a sua função que é incentivar as empresas e os profissionais a se aprimorem cada vez mais. Essa é a função da ANEFAC incentivar o mercado de capitais. É um grande incentivo e contribuição que a entidade faz ao mercado.
Rubens Lopes da Silva, presidente da ANEFAC de 2006 a 2008
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No início eram 5 empresas hoje são 25
Fui presidente em dois períodos. No primeiro, a ANEFAC era ainda novinha, quando comecei tinha uns 30/40 associados. A sede era “emprestada” no escritório de um diretor onde se usava o telefone dele. Consegui montar uma equipe com executivos da empresa que eu trabalhava como diretor. Pedi para os presidentes da PwC e Arthur Andersen que indicassem dois de seus sócios para serem diretores e então vieram o Pedro Lucio Farah, que mais tarde se tornou presidente da ANEFAC e do Conselho, e o conhecido Antoninho Marmo Trevisan.
A ANEFAC cresceu, foi reorganizada e, quando sai para passar o bastão para o Charles Holland, tínhamos 200 associados, palestras mensais e reunião de diretoria em restaurantes, porém ainda sem sede como temos hoje. A entidade cresceu bastante neste período e começou a “criar forma”.
O segundo período foi de restauração, pois diversos fatos, em exercícios anteriores, ocorreram que desarranjaram a administração da ANEFAC. Substituímos diretores e funcionários, que se readaptaram a nova diretoria, arrumamos o caixa, reorganizamos as palestras e jantares mensais com bons palestrantes, fizemos campanhas para capitar novos associados. Conseguimos fazer com que o ambiente se tornasse festivo, apropriado para o networking, que é o principal ativo da entidade.
Continuamos com nossas festas tradicionais como o Troféu Transparência, Congresso e Profissional do Ano. Tivemos um dia inteiro de planejamento em um sábado, que dali saíram diversas ideias.
Fui o primeiro a ser agraciado como Profissional do Ano e jurado no Troféu Transparência, junto com ouros quatro professores da FIPECAFI, durante quase 25 anos acompanhando tudo que aconteceu. De bom, as diversas modificações de ano para ano sempre melhorando as regras. O primeiro foi só com cinco empresas finalistas, só de São Paulo, e após tantas boas modificações, agora são 25 finalistas de diversos estados do país. Selecionados em dois grupos de faturamento. Este Troféu se tornou tão importante no decorrer dos anos e nestes últimos uma das maiores festas em São Paulo.
Ele premia a qualidade das demonstrações financeiras que faz com que o mercado se interesse em melhorar tecnicamente seus balanços. Ser finalista do Troféu é uma honra para qualquer empresa. Nota-se melhoras e novidades de ano para ano.
José Ronoel Piccin, presidente da ANEFAC de 2004 a 2006
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Evolução constante
Os idealizadores do Troféu Transparência desejaram fazer do Prêmio um estímulo às boas práticas de transparência nas demonstrações financeiras desde o início. Para ter credibilidade uma empresa precisa ser transparência, que é a base de todos os princípios, por isso ele é tão importante no mercado.
Demonstrações contábeis detalhadas, auditadas e claras são importantes respostas à sociedade e às partes interessadas. Ao logo dos anos as empresas devem continuar melhorando os seus processos. A ANEFAC é uma organização voltada à criação e disseminação de conhecimento, ao networking e a qualificação profissional e vem sendo base para essa evolução nas diversas formas.
Com certeza ao longo desses 25 anos, o Prêmio evolui muito e, por contrapartida, auxiliou na evolução das DFs que estão disponíveis. Além disso, possibilitou ao mercado conhecer quem são as empresas mais transparentes.
Miguel José Ribeiro de Oliveira, presidente da ANEFAC de 2003 a 2004.
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Somos os pioneiros
Naquela época, ainda estávamos com num trabalho intenso de convencer as empresas da importância de melhorar a qualidade das informações e aumentar a transparência para o público em geral, que certamente ela iria se beneficiar no médio prazo.
Fomos os pioneiros a incentivar as empresas a escreverem de forma mais clara e completa as notas explicativas, possibilitando ao leitor investidor compreender os pontos que não são refletidos através dos números das demonstrações financeiras.
Hoje, o mercado reconhece a importância do selo do Troféu Transparência, as empresas o enfatizam na divulgação de suas DFs. Posso afirmar que há um retorno importante pelo reconhecimento dos diversos agentes que precisam entender e escolher quais pretendem investir.
Gennaro Oddonne, presidente da ANEFAC de 1999 a 2001
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Sempre tivemos uma plateia altamente qualificada
É uma honraria ou reconhecimento da ANEFAC às empresas que apresentaram ao mercado informações claras, precisas e diferenciadas e ao público em geral de suas demonstrações financeiras, só recebem demonstrações incontestáveis.
Lembro-me uma vez o hotel Hilton, na avenida Ipiranga, lotado por uma plateia altamente qualificada. Finalizei o meu discurso, na qualidade de presidente, com um verso: ANEFAC sólida está. Entre as entidades mostras-te eficaz. A comunidade empresarial percebe o teu sucesso. Parabéns, ANEFAC pelos muitos anos de progresso.
Os associados e demais convidados acharam esse fechamento marcante e muitos disseram temos um POETA no meio de nós.
Luiz Claudio Fontes, presidente da ANEFAC em 1997