Divulgação do balanço patrimonial é grande vitrine para que as empresas alcancem públicos cada vez mais distintos
“Quem não é visto não é lembrado”. A frase, apesar de antiga, ganha mais força e sentido em um mundo globalizado e digital. E quando o assunto é a elaboração e a divulgação de balanços patrimoniais, não poderia ser diferente. Empresários entendem que a transparência em suas informações abre portas em um ambiente cada vez mais competitivo.
Apesar de a elaboração e a divulgação de balanços patrimoniais não serem obrigatórias para todas as empresas, a demonstração contábil é fundamental na tomada de decisões estratégicas. O fato de tornar público o seu balanço não está associado exclusivamente às grandes corporações. Pequenas e médias empresas passaram a divulgar seus números em seus próprios sites e a encaminhá-los a clientes, fornecedores e parceiros, bem como a empresas especializadas em análise.
A qualidade dos demonstrativos de pequenas e médias empresas evoluiu. O que anteriormente se resumia a uma página com ativo, passivo e demonstração de resultados passou a conter também as notas explicativas: precisas, objetivas e de fácil entendimento para as partes interessadas.
O profissional contábil transforma-se e exerce agora um papel estratégico nas organizações, ao orientar e acompanhar a elaboração de balanços e balancetes, a análise e a avaliação dos negócios. Fundamentados em números extraídos de seu sistema contábil, os gestores podem gerar uma série de análises da situação do negócio para dar suporte às decisões e aos direcionamentos de sua empresa, além de gerir custos, mitigar riscos e controlar a carga tributária.
O balanço patrimonial ganhou tração nas áreas de Compras de grandes corporações. Avaliar a saúde financeira do fornecedor passou a ser obrigatório. Não basta entregar um produto ou um serviço com qualidade. A transparência das informações cadastrais e restritivas, complementadas por dados econômico-financeiros, reforça a credibilidade e transforma-se no diferencial para uma pequena ou média empresa ser fornecedora de uma grande companhia.
Especificamente em 2020, empresas que não estavam preparadas com a elaboração de seus demonstrativos contábeis vivenciaram a dor de não ter essa ferramenta em mãos. Linhas exclusivas de financiamentos ou viabilidade de novos negócios com fornecedores e parceiros foram perdidas ou adiadas, pois relatórios contábeis eram exigidos como ferramenta decisiva. Esta obrigatoriedade não visava somente avaliar a real situação econômico-financeira, mas também quanto a empresa estava preparada em sua estrutura de gestão.
De modo geral, a escolha da participação de uma nova empresa como fornecedora, parceira ou cliente passa a ter uma nova visão. O mercado mais exigente e preocupado com sua imagem e retorno, opta por uma maior gama de informações e prefere atuar com empresas que apresentem seus relatórios contábeis (mesmo que opere com prejuízo), pois está expondo seus pontos positivos e pontos a melhorar.
Os apontamentos descritos acima estão fundamentados em décadas de acompanhamento e experiência da Serasa Experian na captação e análise de balanços, bem como em reuniões com clientes e fóruns com empresários de todos os ramos e segmentos de mercado. Analisamos mais de 140 mil demonstrativos contábeis por ano, que subsidiam decisões de nossos clientes dos mais diversos segmentos e portes, inclusive relatórios internacionais.
Estamos juntos em busca do crescimento das empresas, por meio da transparência e da visibilidade de seus balanços patrimoniais, com reflexo na geração de valor para empresas de todos os portes e segmentos, por meio do aumento do crédito financeiro e mercantil, que contribui de forma positiva na economia e na geração de novos empregos em nosso país.
Artigo escrito por Ademildo Oliveira, que é gerente de análise de empresas da Serasa Experian