Amy Vetter, CEO do The B3 Method Institute
Como ganhar músculos criativos à medida que a tecnologia transforma o mundo
Neste ponto da história, a comunidade contábil não é estranha à ideia de a inteligência artificial executando as nossas tarefas mais básicas. Os bots de assistente pessoal, como Siri e Alexa, nos fornecem informações atualizadas, respondem perguntas e controlam dispositivos. Além disso, no entanto, o mundo da IA e dos bots está se desenvolvendo rapidamente para ser utilizado em tudo, desde receitar remédios até ajudar em desastres. Navegando pela internet podemos encontrar robôs humanoides com a capacidade de sentir emoções, concluir operações de busca e salvamento e/ou descobrir a probabilidade de vida em Marte.
As plataformas de IA baseadas em blockchain estão até criando robôs humanoides como o robô VGo para crianças que não podem frequentar a escola pessoalmente, devido a condições médicas e outras plataformas para operações de busca e salvamento. Se você nunca ouviu falar do bot do Curiosity, pode ter perdido a possibilidade de haver vida em Marte. Isso sem mencionar Romeo, para os idosos em casa, as próteses da DEKA e Milo, que ajudam crianças com autismo a reconhecer emoções nos outros e a expressar empatia.
Com tudo o que a tecnologia pode fazer por nós, é difícil imaginar um mundo futuro em que papéis e indústrias não sejam substituídos por bots. É simplesmente a realidade. Mas, ao examinarmos mais de perto nossas opções como seres humanos e o que podemos oferecer a um mundo em que a tecnologia domina, perceberemos que a necessidade de criatividade continua a crescer.
A criatividade humana ditará a direção em que tomamos as novas tecnologias e como as implementamos em nossas vidas diárias. A criatividade humana será mais valiosa no futuro, porque nossa capacidade inata de nos inspirar é algo que o robô – pelo menos ainda – não pode realizar. A ideia de longa data de que as “soft skills” de artistas, designers, escritores e músicos não são tão valiosas quanto outras habilidades, vai mudar, pois os antigos bots da história assumem os papéis mais matemáticos do mundo moderno.
Veja o que fazer para aumentar sua mentalidade criativa e ver a vida através de uma lente mais inovadora.
Flexione seus músculos criativos – Do que você mais se orgulha? Nem todo mundo é abençoado com incríveis habilidades artísticas, mas todos temos a capacidade de imaginar e pensar de maneiras diferentes. Para ganhar músculos criativos, seja físico ou não, pratique o que você já gosta de fazer. Por exemplo, se você é ótima, como a Marie Kondo organizando seus armários em casa, encontrando oportunidades para arranjar seu espaço com mais eficiência ou de maneiras novas e empolgantes em outras partes do seu ambiente, o faça. Desafie-se a usar essa habilidade para ajudar os outros e use seus pontos fortes sempre que puder.
Tente coisas novas – Também é importante focar no aprendizado, em vez de colocar o desempenho em primeiro. Aprenda novas habilidades criativas entrando em contato com especialistas criativos em seu campo e perguntando como eles começaram e se eles podem oferecer a você uma mentoria. Se você pode aprender uma nova habilidade criativa básica, está um passo mais perto de alcançar esse tipo de pensamento criativo para usar no que será, cada vez mais, necessário à medida que avançamos no futuro com bots.
Coloque seu chapéu de solução de problemas – Dê uma olhada ao seu redor e veja quais desafios estão presentes no seu ambiente ou no seu trabalho. Procure soluções nessas situações cotidianas, por menores que sejam. Por exemplo, você já pensou em participar de uma conferência, mas não tem certeza se está dentro do seu orçamento? Pense em uma solução na qual você analise o problema de outro ângulo. Que despesas você poderia substituir de maneira criativa? Você poderia ficar no Airbnb em vez de em um hotel caro? Você poderia escrever uma proposta de doação? Não descarte sua capacidade de ver o problema sob novos ângulos para obter as respostas necessárias.
E mais importante ainda, não tenha medo de mudar – A mudança é a única constante e a estagnação é uma maneira infalível de ficar preso em um papel que você não gosta ou que se tornará obsoleto. Aprenda e cresça com o mundo e, como sempre, lembre-se de como você implementa e usa a tecnologia em sua vida profissional e pessoal.
Artigo escrito por Amy Vetter, CPA.CITP, CGMA, é CEO do The B3 Method Institute, palestrante, membro do conselho corporativo e líder da Força-Tarefa de Inovações Tecnológicas para o Comitê Executivo da AICPA (IMTA). Ela é autora dos livros Serviços de Consultoria Integrativa: Expandindo Seus Serviços de Contabilidade Além da Nuvem, publicados por Wiley, e Business, Balance & Bliss: Como o Método B3 Pode Transformar Sua Carreira e Vida. Amy é uma oradora transformadora sobre liderança, engajamento dos funcionários, cultura da empresa, realização da vida profissional, transformação dos negócios e inovação tecnológica. Amy foi recentemente nomeada uma das “Mulheres Mais Poderosas da Contabilidade” pelo AICPA e pelo CPA Practice Advisor pelo quarto ano consecutivo, e foi reconhecida como a “Top 100 Pessoa Mais Influente” pela Accounting Today. Amy compartilha suas ideias de contabilidade e negócios como colaboradora do Journal of Accountancy, Accounting Today, CPA Practice Advisor da AICPA, bem como do Inc.com e Entrepreneur.com. Saiba mais em www.amyvetter.com e siga @AmyVetterCPA no Facebook, Instagram, LinkedIn e Twitter.
Este artigo foi originalmente publicado na revista Accounting Today. Com tradução de Marcus Beszile para a publicação na Revista ANEFAC.