Presidente e diretores da ANEFAC falam sobre desafios e estratégias da Associação no atual cenário para 2019
Mapear as necessidades dos associados é um dos objetivos que Milton Toledo, presidente da Associação para 2019, espera realizar. “Queremos responder as demandas do quadro associativo, independente do seu momento de carreira, estado de domicílio e segmento que atua. A ANEFAC é uma entidade moderna, atual, completa e atuante na visão daqueles que fazem parte. O nosso associado é na base, um executivo. Tanto os que estão dando os primeiros passos no mundo executivo, bem como os com notória senioridade. Nossas atividades levarão em conta estas premissas”, define.
A ideia da nova diretoria é construir uma estrutura moderna, contando com executivos com reconhecida experiência em diversas áreas, como, por exemplo, contabilidade, finanças, administração, tributos, além disso, agregar valor pela participação de executivos com grande conhecimento em marketing, eventos, comunicação e gestão de pessoas. Para isso, o novo presidente contará com vice-presidentes responsáveis – heads – para cada pilar estratégico que controlarão os temas em âmbito nacional, além da ANEFAC Internacional, controladoria e jurídico, cujo objetivo será dar a transparência que uma associação exige. “As regionais passarão a ser estruturadas por Estados, com a constituição de um Presidente Regional, onde num modelo matricial com o head entregarão o que cada associado de cada região espera sem perder a proposta de uma entidade nacional”, exemplifica.
De acordo com ele, o executivo deve reconhecer a ANEFAC como sendo a sua casa, onde discute temas importantes, absorve opiniões importantes, conhece e interage com pares e semelhantes, e evolui. “Quando você ascende na carreira, a necessidade de uma leitura integrada de todas estas frentes se torna mais evidente. E, a ANEFAC é uma das poucas associações e afins que pode oferecer isso. Há muitas mudanças e transformações vindo pela frente, algumas conhecidas, outras indefinidas. O importante é que o executivo tenha um meio onde estes temas sejam discutidos de forma pioneira e embasada. Um exemplo disso é o nosso Congresso Anual, que acontecerá de 16 a 19 de maio, em Itapeva, Minas Gerais, que sempre tenta levar temas importantes, onde profissionais extremamente qualificados passam a sua visão a respeito, neste ano o tema será ‘Indústria 4.0’”, salienta.
Antecipando os desafios de 2019, Toledo criou uma vertical de tributos, pois o assunto tem sido destaque na agenda global, tanto sob a ótica de arrecadação como sob a perspectiva de produtividade, rentabilidade, competividade e compliance para os empresários. “Teremos um executivo no papel de head dedicado a pensar em tributos. A ANEFAC é uma das poucas associações que pode apresentar a leitura de executivos diferenciados em Finanças, Administração, Contabilidade e Tributos consolidadas numa única atividade. Os executivos, nossos associados, precisam destas informações de forma recorrente e presente para entender um cenário de mudança como se aponta em 2019”, adiciona. Para fazer frente a este cenário, a ANEFAC pensa as necessidades destes associados nos diversos Comitês, composto por executivos com larga experiência em suas áreas de atuação. Segundo ele, as análises destas necessidades serão apresentadas de forma direta nas palestras realizadas, e servem de matéria prima para as reuniões técnicas, roadshows e grupos de estudos. Serão realizados mais de 100 ao ano.
Pensando em ampliar o conteúdo e os eventos da ANEFAC, haverá transmissão simultânea pela web, para permitir um maior número de participantes, mas é claro que sempre obedecendo um calendário nacional e respeitando os temas que são importantes em alguns estados. Além dos eventos tradicionais, há executivos dentro da diretoria direcionados a desenvolver eventos e atividades para receber os novos associados, promover o encontro de executivos nos happy hours de forma recorrente e reativar os eventos sociais, tão tradicionais na trajetória da ANEFAC. Para ele, quando o assunto são os grandes eventos, a proposta para o Troféu Transparência ANEFAC, o Congresso ANEFAC e o Prêmio ANEFAC Profissional do Ano é propor um desmembramento. “São temas e atividades muito importantes para se limitarem a uma única atividade. No mandato do Sr. Edmir Carvalho, foi feita a primeira atividade de desmembramento do Troféu Transparência e a avaliação é que foi exitosa. Profissional do Ano, que há muitos anos premia e reconhece executivos, deve ter seu leque aumentado também”, explica.
Novas relações nacionais e internacionais
A regional São Paulo desenvolverá atividades para solidificar sua atuação na melhoria da qualidade da informação contábil, junto às entidades contábeis congraçadas do Estado de São Paulo, bem como com as renomadas instituições de ensino, que a ANEFAC já tem atuado como parceira. E também o desenvolvimento de atividades nas áreas de administração e finanças, para fortalecer a atuação da entidade nessas áreas, a exemplo de sua boa atuação na área contábil. “Organizamos a regional São Paulo, criando diretorias para as regiões da Grande São Paulo, Vale do Paraíba e região de Campinas. Com essa estrutura esperamos intensificar as atividades nas diferentes regiões do estado. Além disso, criamos diretorias para tratar de nossas parcerias técnicas com o CODIM e a Abrasca, para tal, a diretoria de normas contábeis, que apoia as diretorias de parcerias técnicas irá compor a regional São Paulo, tornando mais dinâmica a participação junto aos parceiros”, relata Marta Pelucio, vice-presidente regional São Paulo.
Pelucio aponta que serão realizadas de 4 (quatro) a 6 (seis) reuniões técnicas de normas contábeis para fomentar a discussão de temas emergentes. Além de participação mensal nas reuniões do CODIM e na avaliação do prêmio Abrasca, nas nas parcerias com as instituições de ensino, em especial, com a Fipecafi/USP por meio do Troféu Transparência ANEFAC entre outras atividades, e por fim, na organização da Convecon e dos Summits contábeis do Conselho Regional de Contabilidade do estado de São Paulo (CRC-SP).
No cenário internacional, Toledo relembra que a ANEFAC iniciou suas atividades a partir da necessidade de um grupo de executivos estrangeiros no Brasil e complementa: neste mandato, será potencializada a atuação internacional, com a criação da ANEFAC Internacional. “Nossa vontade é ser uma via de troca de informações, análise de cenários, com entidades semelhantes e que tenham alguma convergência no mercado internacional”, cita.
Para Marcus Vinícius Biazzin Beszile, vice-presidente de Administração e Finanças, consolidar parcerias internacionais, oferecer networking e qualificação técnica de qualidade é necessário. Para este primeiro ano, ele explica que serão mapeadas diversas entidades de executivos em vários países para fazer uma aproximação, além de um esforço grande para negociar e viabilizar parcerias que fazem sentido para os associados. “Temos que crescer e agregar ainda mais valor para nossos associados. Nesta gestão, a estratégia é fazer mais eventos cruzando os temas de contabilidade, economia, finanças e administração, pois acreditamos que a diversidade e a interdisciplinaridade são o caminho para o sucesso”, aponta.
Comunicação e parcerias
“Estamos finalizando um plano abrangente de reposicionamento da ANEFAC perante seus stakeholders. A ideia principal é maximizar as reuniões técnicas, produzir conteúdo relevante e proporcionar networking para os associados com diversos canais de comunicação (on e off-line) e que permitam maior desenvolvimento das pessoas, consequentemente das empresas e da sociedade. Paralelamente, vamos também buscar maior participação de potenciais parceiros, como empresas de auditoria, consultoria, tecnologia e demais entidades para associarmos nossa marca”, enumera Marcus V. Bottaro Duarte, vice-presidente de Marketing e Parcerias.
Segundo ele, esse projeto será suportado por três diretorias: uma de Marketing, considerando que o público é bastante abrangente, será preciso conteúdo segmentado com o interesse de cada associado e a preparação de diversas ações objetivando a jornada do associado na ANEFAC, o crescimento e a manutenção da base. “Teremos também uma diretoria de Parcerias, onde fundamentalmente vamos buscar ações com valor estratégico para os nossos patrocinadores e mantenedores. E, teremos também uma Diretoria de Parceiros Estratégicos, onde ampliaremos as boas relações que já temos com algumas outras entidades e as Entidades Congraçadas do Estado de São Paulo para outros segmentos, aumentando assim a relevância para os nossos associados”, detalha.
Associados e Parceiros terão maior parte no investimento e esforço, de acordo com Bottaro. Que explica: naturalmente, como o mercado, também buscaremos a Transformação Digital através de uso intenso de tecnologia que suporta a tomada de decisão e a produtividade. “O associado está no centro de estratégia. Teremos várias ações de engajamento, conteúdo técnico de alta relevância, troca de conhecimento e reconhecimento para o mercado. Serão várias ações ao longo do ano. Com os 50 anos, precisamos celebrar intensamente esta marca, não é fácil se manter ativo durante tanto tempo. Por outro lado, rejuvenesceremos nossa marca, nosso posicionamento, ampliaremos e intensificaremos nossas relações”, cita.
Toledo relembra que a ANEFAC já atua de forma muito próxima das Entidades Congraçadas de Contabilidade, e continuará atuando. “O associado, ao entrar no site da ANEFAC, visualizará de forma bem clara, quem é o representante em cada atividade. Nosso objetivo é nos aproximarmos ainda mais de outras entidades nas áreas de Finanças, Administração e Tributos, nacionais e internacionais, buscando pontos de convergência, onde a soma da ação das entidades entregue ainda mais para seus associados. Pra isso, estamos criando o papel do adjunto ao head e um diretor de relações institucionais para cada head”, completa.
Na visão de Jussara Goyano, vice-presidente de Mídias Sociais e Comunicação, a ANEFAC deve se firmar ainda mais como autoridade em assuntos de grande relevância na economia brasileira e no cenário de negócios. “Temos muito a explorar para além da transparência e da Pesquisa de Juros, assuntos pelos quais a ANEFAC é sempre lembrada. São muitas as nossas bandeiras e temas convergentes que tratamos. Vamos ampliar o relacionamento com a imprensa com base nessa interdisciplinaridade”, observa.
Segundo ela, será necessário ainda desenvolver e estruturar, buscando relevância local, o corpo executivo de comunicação nas regionais, concentrando a estratégia na vice-presidência da área, mas com pelo menos um executivo dedicado à pasta em cada regional. A relevância regional ampliada, segundo Jussara, contribuirá para fortalecer o posicionamento nacional. “Precisamos, ainda, pensar em conteúdo cada vez mais exclusivo para nossos associados e meios de comunicação direta e personalizada entre nossos executivos e presidência com todos os stakeholders da entidade”, estabelece. Essa medida, ela acredita, aproximará a gestão cada vez mais das reais demandas de seu público, tornando as ações da ANEFAC cada vez mais assertivas.
Capital humano está em evidência
Somos uma associação de pessoas essa é a visão de Emerson Weslei Dias, vice-presidente de Capital Humano, então, é preciso colocar o capital humano em pauta, por exemplo, no Congresso Anual de 2019, o tema será a indústria 4.0. Segundo ele, o movimento chamando de 4ª revolução industrial, termo cunhado pelo Klaus Schwab fundador do Fórum Econômico Mundial, que tem um livro chamado ‘A quarta revolução industrial’, lançado em 2016, e traz um apanhado geral sobre todas as mudanças e cenários futuros que a economia e a sociedade enfrentarão devido a 4ª revolução.
“Não existem respostas prontas de como vencer tais desafios, vamos precisar muito de liderança, que certamente deverá ser outra, hoje, ele afirma, e no livro, existe uma menção que para mim é muito forte, ela diz: “para os líderes empresariais e políticos inteligência emocional é a base vital das habilidades cruciais para o sucesso na era da 4ª revolução industrial”. Isso tem a ver com empatia, autoconhecimento, criatividade, intuição, enfim, humanidades ou habilidades humanas e, portanto, sociais. Klaus diz no livro que inteligência emocional é o coração em um mundo caracterizado pela mudança persistente e intensa, as instituições que possuem muitos líderes com alta inteligência emocional serão mais criativas e estarão mais bem equipadas para serem mais ágeis e resilientes”, avalia.
Com este conceito em mente, Dias acredita que na ANEFAC, certamente, essa VP terá um viés mais focado em assuntos de carreira dos associados. “Estamos num tempo em que pensar sobre essas questões ser torna importantíssimo. Então, carreira e liderança, e temas correlatos estarão na pauta. Todo o trabalho futuro será realizado com base em Liderança e Gestão de pessoas, assuntos debatidos em reuniões técnicas ao longo dos últimos dois anos. “Trouxemos algumas pautas ‘diferentes’, queremos continuar assim, mas agregando evoluindo para os temas de carreira, uma coisa que penso bastante é sobre atividades “cross” com outras áreas, painéis onde os aspectos tributários são discutidos, também é possível incluir a pauta sobre pessoas, afinal, mudar processos por conta de novas regulamentações, implica também em mudar o jeito que as pessoas trabalham, então o elemento humano deve ser levado em conta. Junto com Administração, é possível pensar também nas startups, se aproximar deste mundo fintechs. Em 2018, por exemplo, participamos de um evento com esta turma e acredito que temos um potencial grande para trazer estes executivos e colaboradores destas empresas para a associação”, avalia.
Ao concluir, Toledo, vê como um privilégio ser o atual presidente da ANEFAC e formar esse time de executivos que vão trabalhar em prol do associado. “E não poderia ser diferente, afinal, estou representando uma entidade nacional que há mais de 50 anos convive com mentes privilegiadas e executivos de sucesso, nas áreas de finanças, administração e contabilidade, por onde já passaram muitos executivos diferenciados como Presidente. Por outro lado, é a oportunidade para incrementar ações baseadas na minha experiencia executiva e dos executivos que aceitaram compartilhar estes desafios comigo”, finaliza.