Raízen acredita muito na capacidade de geração de negócios da biomassa, que viabiliza a geração de energia elétrica limpa
A Raízen segue padrões de excelência operacional para ampliar os resultados com sustentabilidade e menor custo, para Melo, estes padrões são aplicados também ao processo de preparação das demonstrações financeiras da companhia, com o objetivo de efetivamente gerar valor aos usuários destas demonstrações. “Desse modo, aplicamos os valores de respeito ao próximo e ao meio ambiente enquanto buscamos soluções sustentáveis em energia. Conciliar um padrão de excelência com o desenvolvimento econômico da empresa é uma tarefa árdua que nos move e incentiva. Para gerar a energia do futuro, hoje, e expandir nossos negócios para o mundo, apostamos na inovação, na tecnologia e na eficiência dos nossos processos e funcionários”, diz.
Atuar de forma ética e transparente é obrigação de todas as instituições, segundo ele, é por meio do processo de oferta e demanda, que constituem um ciclo junto à sociedade em que, conduzindo os negócios de forma correta, todos se beneficiam. “Ser uma empresa reconhecida por nossa ética e transparência certamente agrega valor aos negócios da companhia e nos aproxima dos nossos stakeholders”, aponta.
Geração de energia elétrica limpa
“A nossa perspectiva é de crescimento sempre. Acreditamos na expansão estratégica de geografias do nosso portfólio para oferecermos cada vez mais produtos e soluções que atendam às diferentes e crescentes demandas da sociedade. Desenvolvemos tecnologias para criar sinergias operacionais e logísticas, além de ampliar a nossa produtividade e capacidade de entrega aos nossos clientes, com consequentes resultados financeiros para os nossos investidores e acionistas”, detalha Giuliano Melo.
A Raízen é uma companhia integrada de energia e parceira estratégica na oferta de soluções completas para seus clientes, prezando pela qualidade e sustentabilidade em todos os seus negócios, investindo, constantemente, em novas tecnologias e na otimização de ativos próprios e de terceiros com o objetivo de aumentar a produtividade e a competitividade. Segundo ele, a companhia acredita muito na capacidade de geração de negócios da biomassa, que viabiliza a geração de energia elétrica limpa e permite a autossuficiência no consumo das suas 26 unidades produtoras, das quais 13 já comercializam a bioeletricidade excedente, com destaque para a expansão da cogeração na unidade Caarapó, no Mato Grosso do Sul, que elevou a capacidade instalada atual para até 1.000 MW.
“Além disso, realizamos duas movimentações de negócio que aconteceram este ano que traduzem um novo momento da companhia, em que a Raízen se consolida como um dos maiores players integrados de energia do mundo: o primeiro foi o anúncio da joint venture com a WX Energy, comercializadora de energia, para atuarmos no Mercado Livre de energia, nos aproximando de nossos clientes e criando novas frentes de negócios para a companhia”, ressalta Melo. E ainda explica, que o segundo e mais recente é a criação da primeira planta a utilizar a torta de filtro em conjunto com a vinhaça para produção de biogás para geração de eletricidade e biometano no Brasil. A nova planta será resultado de uma joint venture entre a Raízen e a Geo Energética e começará a ser construída ainda este ano, com as operações previstas para iniciarem no final de 2019.
Por meio da Raízen Ventures, o braço de inovação da companhia, são realizados investimentos, constantemente, em tecnologias para aumento de produtividade também na área agrícola, como a entrada de redes digitais no chão-de-fábrica e tecnologias de inteligência artificial, como controles avançados, robôs colaborativos, sensores virtuais e o uso de ferramentas para gerenciamento de ativos, além de iniciativas da Indústria 4.0 que já fazem parte do dia a dia da empresa.
A Central de Integração Agroindustrial (CIA) da companhia, em Piracicaba, monitora as operações e padroniza os processos da cadeia logística agrícola e industrial da cana-de-açúcar. Nela, está o Pentágono, que monitora por meio de georreferenciamento, 24 horas por dia, a operação de todas as 26 unidades produtoras espalhadas por diversas regiões do País com o objetivo de garantir uma operação sustentável, inteligente e produtiva.
A Raízen também aposta no Pulse, hub de inovação que vem viabilizando a oxigenação de novas ideias e práticas que enriquecem o agronegócio brasileiro e demais frentes de negócios. O Pulse é um espaço de encontro e circulação dos principais executivos do setor, grandes empresas e formadores de opinião. Mais de 400 startups fizeram inscrições durante o processo seletivo, sendo que aproximadamente 70 foram selecionadas para uma apresentação mais detalhada com o time do Pulse. Com um ano de funcionamento, o hub colabora, diretamente, com o desenvolvimento de um grupo de 15 startups. Dessas, 11 já tem projetos pilotos sendo testados na própria Raízen.
O futuro da Raízen está ligado diretamente a inovação. Uma das principais apostas é na demanda por energia, que é e continuará sendo progressiva em todos os setores. Melo explica que o caminho para garantir esse equilíbrio será investir em uma matriz energética limpa, e a Raízen é detentora de duas inovações essenciais para atender essa demanda. O etanol de segunda geração, que tem potencial para elevar em cerca de 40-50% a capacidade de produção de etanol da Raízen com a mesma área plantada, e o Biogás, inovação apresentada pela empresa que visa a utilização de biomassa líquida para geração de energia. A empresa também investe fortemente e acredita na geração de energia a partir do bagaço, por meio do qual geramos 3,9TWh de energia.
É fundamental se antecipar no investimento em tecnologias. Esse deve ser um assunto prioritário, diz Melo, que adverte que a Raízen tem uma direção absolutamente clara nesse sentido, a disrupção digital afeta todo o setor e não acompanhar a tendência é um risco enorme para qualquer empresa que pretende continuar no jogo e manter a concorrência num mercado cada vez mais pautado por inovações e novas diretrizes.
70% das inovações dentro da Raízen são voltadas para o que a companhia faz hoje. Para o gerente de contabilidade, a companhia utiliza a robótica para desempenhar funções que, antigamente, eram feitas de forma manual e a inteligência artificial para fazer a digitalização do planejamento e preparo de solo e avaliação de falhas, por exemplo. Já os outros 30%, ele relata são tecnologias disruptivas, ou seja, criação de novos mercados e novos produtos com maior geração de valor.
Além da produção de açúcar, que chega a cerca de 4,2 milhões de tonelada por ano, e de etanol, de cerca 2 bilhões de litros por ano, a Raízen tem uma capacidade instalada de cogeração de 1GW de eletricidade. Essa energia é suficiente para abastecer as 26 unidades produtivas da companhia, tornando-as autossuficientes, enquanto o restante é enviado para o grid.
Eficiência energética e o futuro
A demanda por energia é e continuará sendo progressiva por todos os setores, e o caminho para garantir esse equilíbrio será investir em uma matriz energética limpa. A Raízen aposta em duas inovações essenciais para atender essa demanda: o etanol de segunda geração, que tem potencial para elevar em cerca de 40-50% a capacidade de produção de etanol da Raízen com a mesma área plantada – se tornando ainda mais sustentável que hoje, e a bioeletricidade a partir da biomassa. O bagaço de cana já foi o combustível mais utilizado na geração das usinas movidas a biomassa em 2017 com 85% do total (2.435 MW médios) e a tecnologia permeia todo esse ecossistema.