A companhia busca aumentar sua exposição no mercado de papéis e embalagens por meio do aumento da sua capacidade de produção de kraftliner e papelcartão
Pedro Zan, gerente de controladoria da Klabi
“Acreditamos que é o caminho para tornar mais claras as relações entre todos os agentes de mercado, reduzindo ações que não sejam enquadradas como boas práticas de negócios e melhorando a concorrência. Com este viés, temos o código de conduta dos funcionários e trabalhamos a melhora da governança em todos os negócios da companhia”, explica Zan.
As demonstrações são o primeiro instrumento disponibilizado a todos os públicos e que pode ser trabalhado por qualquer interessado, ele acredita que se mais empresas tiverem o mesmo zelo com estas informações, o mercado terá melhores condições de análise e isto possibilitará maior certeza na tomada de decisões de negócios.
A conquista, além do empenho de toda a equipe envolvida diretamente na elaboração das demonstrações financeiras, segundo ele, há que se reforçar o envolvimento de todos os setores da companhia alinhados na geração de informações à administração. “Trabalhamos com uma madura estrutura de informações, sistematizada para que a mesma informação que é utilizada no início da cadeia de negócios, chegue até o final, na demonstração financeira, alinhando a linguagem dentro da companhia”, evidencia.
Crescimento, investimentos e sustentabilidade
“A Klabin é a maior produtora e exportadora de papéis para embalagens do Brasil e a única do País a oferecer ao mercado uma solução em celuloses de fibra curta, fibra longa e fluff. A Klabin se diferencia dos concorrentes nacionais por possuir seu ativo florestal localizado na região sul do país, considerada a única região do Brasil onde é possível apresentar alta produtividade em florestas de pínus e de eucaliptos, permitindo a produção de embalagens com alta resistência. A fibra curta, produzida à base de eucalipto, fornece maciez ao papel, enquanto a fibra longa, produzida à base de pínus, fornece resistência, o que é fundamental para a produção de embalagens”, conta.
Devido aos diferenciais que permitem um baixo custo na produção de fibras e pela resiliência do mercado de papéis e embalagens, a Klabin está focada em expandir suas capacidades na produção, principalmente, de kraftliner e papelcartão. Assim, a companhia estuda um novo ciclo de investimentos, que ainda deve passar pela aprovação do Conselho de Administração, que implica na construção de novas linhas de produção de papel e celulose.
Após o investimento de aproximadamente R$ 8,5 bilhões, o maior da história da companhia, realizados na construção da Unidade Puma, cuja operação teve início em março de 2016, a Klabin vem direcionando seus esforços em investimentos de alto retorno, fortalecendo sua frente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Um ano após a inauguração da Unidade Puma, a companhia inaugurou o seu Centro de Tecnologia, com investimentos na ordem de R$ 70 milhões em um período de três anos (2015 a 2018). Além da construção do Centro, instalado em Telêmaco Borba (PR), o aporte incluiu a compra de equipamentos, atualização dos laboratórios de pesquisa florestal e a formação e contratação de técnicos e pesquisadores. “Em 2018, a companhia adquiriu a participação de 12,5% da startup israelense Melodea Ltd – Bio Based Solutions -, pioneira na tecnologia de extração de celulose nanocristalina, visando o desenvolvimento de barreiras renováveis e sustentáveis em papéis e embalagens, proporcionando mais resistência em relação à penetração de ar, água, vapores e óleos, entre outros, e com menor impacto ambiental”, diz Pedro Zan.
A Klabin busca aumentar sua exposição no mercado de papéis e embalagens por meio do aumento da sua capacidade de produção de kraftliner e papelcartão, segundo ele, o que permitirá atingir mercados crescentes no mundo, como o de embalagens para e-commerce, além de aumentar a atuação na criação de embalagens sustentáveis, como os copos de papel produzidos com fibras de pínus e eucalipto, mix que garante maior resistência e qualidade de impressão diferenciada, e possui uma barreira biodegradável, eliminando a aplicação de polietileno. “O novo papelcartão, assim como os demais produzidos pela empresa, é feito a partir de florestas plantadas e certificadas, ou seja, fontes sustentáveis e renováveis, além de ser reciclável”, relata.
O Centro de Tecnologia em Telêmaco Borba (PR) da companhia, o gerente de controladoria detalha que são laboratórios capazes de produzir uma gama de produtos de base florestal e realizar simulações das linhas de produção das fábricas, o Centro busca antecipar tendências e criar novas tecnologias e aplicações sustentáveis. Segundo ele, o centro se dedica a seis rotas de pesquisa: qualidade da madeira; desenvolvimento de novos produtos e aplicações – celulose; desenvolvimento de novos produtos e aplicações – papéis para embalagem; biorrefinaria; nanotecnologia e meio ambiente, recuperação e utilidades. Para isso, a companhia estruturou uma rede nacional e internacional de parceiros com incubadoras de tecnologia, universidades e reconhecidos centros de pesquisas.
As áreas de pesquisa e desenvolvimento florestal e industrial da Klabin contam com mais de 100 profissionais especializados e dedicados à pesquisa e inovação. A equipe é composta por engenheiros florestais, químicos e industriais da madeira. Além disso, a aquisição da Melodea Ltd – Bio Based Solutions, ele entende, que fortaleceu a frente de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D+I), que está focada na construção de soluções bioeconômicas, que visam o uso responsável, eficiente e sustentável dos recursos naturais. “O objetivo da Klabin é fazer uso da celulose nanocristalina (CNC) na criação de papéis e embalagens ainda mais resistentes, 100% recicláveis, além de potencializar oportunidades para novos negócios em produtos de base florestal”, expõe.
Direcionando seus esforços para a produção de papéis e embalagens, a Klabin estuda formas de atender e de melhorar a experiência do consumidor final com a utilização de embalagens, Zan entende que dessa forma, está se buscando a produção de materiais mais personalizadas como, por exemplo, caixas de papelão em que seja possível customizar a impressão externa, o tamanho e formato. Adicionalmente, por meio de investimentos em pesquisa e novas tecnologias, a Klabin visa a criação de embalagens 100% recicláveis e biodegradáveis.